Comparando com a segunda jornada, a Bósnia jogou com
Vrsajevic a lateral direito, Kolasinac a lateral esquerdo, e finalmente jogou
com Ibisevic e Dzeko no ataque, com Pjanic a médio ofensivo e Hadzic, Besic e
Susic atrás dele, em 4-3-1-2.
O Irão jogou com a mesma equipa que perdeu contra a
Argentina no jogo anterior.
Neste jogo o Irão teria de atacar, não se podia remeter à
defesa como fez nos dois primeiros jogos (principalmente no primeiro).
Aos 23 minutos Dzeko recebeu a bola de Pjanic, passou por
Sadeghi e à entrada da área rematou de pé esquerdo, marcando o primeiro golo da
Bósnia.
Aos 53 minutos, Pjanic intercetou um passe de Hosseini e
começou a desmarcar-se para as costas deste, Dzeko assistiu Susic no meio que
viu Pjanic com espaço e passou-lhe a bola, e Pjanic marcou o segundo golo da
Bósnia.
Pjanic estava ligeiramente adiantado em relação ao penúltimo
defesa no momento do passe de Susic, mas não foi marcado fora-de-jogo e o golo
valeu.
Aos 82 minutos o Irão reduziu a desvantagem: Heydari fez um
passe por cima da defesa bósnia para Nekounam, que cruzou da esquerda para
Ghoochannejhad concluir dentro da pequena área. Foi o primeiro golo do Irão no
Mundial 2014, que assim deixou de ser a única equipa que ainda não tinha
marcado.
Mas o Irão nem teve tempo para pensar em algo mais, porque
no minuto seguinte voltou a sofrer um golo e ficar com dois de desvantagem:
Salihovic fez um passe em profundidade para Vrsajevic na direita, e este marcou
o terceiro golo da Bósnia.
O herói do jogo foi Pjanic, com um golo e uma assistência.
A Bósnia venceu um jogo na sua estreia em Campeonatos do
Mundo, e não terminou em último lugar no grupo.
O Irão defendeu bem contra a Nigéria e a Argentina, mas
quando teve de atacar contra a Bósnia não teve sucesso.
A Argentina jogou em 5-3-2, com Campagnaro a juntar-se a
Garay e Federico Fernández no trio de defesas centrais, e com Maxi Rodríguez em
vez de Gago no meio-campo, e Messi e Aguero no ataque.
A Bósnia jogou em 4-2-3-1, com Besic e Misimovic a médios
defensivos, Hajrovic a médio direito e Dzeko a ponta-de-lança.
Logo aos 3 minutos aconteceu o até agora golo mais rápido do
torneio: Messi marcou um pontapé livre na esquerda, Rojo desviou a bola de
cabeça e depois Kolasinac desviou-a para a própria baliza.
Na segunda parte as surpresas no onze inicial, Campagnaro e
Maxi Rodríguez, foram substituídos pelos esperados Gago e Higuaín, e a
Argentina passou a jogar com 4 defesas.
Aos 65 minutos Messi combinou com Aguero, passou por três
jogadores bósnios e rematou fora do alcance de Begovic. A bola ainda bateu no
poste.
Aos 85 minutos Lulic fez um passe por entre Zabaleta e
Federico Fernández e Ibisevic, entrado na segunda parte, chutou a bola por
entre as pernas de Romero, marcando o golo da Bósnia.
O herói do jogo foi Messi – depois de não marcar nenhum golo
pela Argentina no Mundial 2010 nem na Copa América em 2011, voltou a marcar um
golo pela Argentina numa fase final.
As duas equipas foram mais cautelosas do que era suposto,
talvez sejam mais ofensivas nos próximos jogos contra as outras equipas do
grupo, Irão e Nigéria.
Equipa-tipo: Begovic; Mujdza, Bikakcic, Spahic e Kolasinac; Medunjanin; Pjanic, Misimovic e Lulic; Ibisevic e Dzeko
A Bósnia qualificou-se para o Campeonato do Mundo pela
primeira vez. Será o único estreante no Mundial 2014.
Depois de várias qualificações em que ficava sempre em
terceiro ou quarto lugar, na qualificação para o Mundial 2010 a Bósnia ficou em
segundo lugar, atrás do campeão europeu Espanha, e à frente de equipas como a
Turquia (semifinalista do Euro 2008) ou a Bélgica. Disputou um playoff contra
Portugal por um lugar no Mundial 2010, e foi eliminada, perdendo ambos os jogos
por 0-1.
Para o Euro 2012, voltou a ficar em segundo lugar, atrás da
França, e voltou a disputar um playoff contra Portugal. Desta vez não perdeu os
dois jogos, empatou o primeiro 0-0, mas perdeu por uma diferença maior na soma
dos dois jogos, 2-6.
Na qualificação para o Mundial 2014, sem um colosso no
caminho como Portugal, Espanha ou França, a Bósnia aproveitou para ficar em
primeiro lugar e qualificar-se automaticamente, evitando os playoffs… onde
Portugal estava novamente entre os possíveis adversários, tal como a França.
Os 23 convocados são os guarda-redes Begovic, Fejzic e Avdukic, os defesas Mujdza, Bikakcic, Spahic, Kolasinac, Vrsajevic, Sunjic, Vranjes e Salihovic, os médios Medunjanin,
Pjanic, Misimovic, Lulic, Besic, Hadzic, Susic, Ibricic e Hajrovic, e os avançados Ibisevic,
Dzeko e Visca.
Safet Susic gosta de jogar com dois pontas-de-lança,
Ibisevic e Dzeko, mas não convocou mais nenhum além destes dois. Se as coisas
não correrem bem de início e for preciso alterar a equipa, como ela já estará
no sistema mais ofensivo possível, o que mais poderá fazer?
Lá porque o sistema funcionou contra equipas como a Grécia,
Eslováquia, Lituânia, Letónia e Liechtenstein, não quer dizer que funcione
contra os adversários do Mundial 2014.