O Dnipro irá jogar a Liga Europa pela quarta época consecutiva. A época passada foi a melhor de sempre, atingiu a final.
A época passada teve momentos inesquecíveis, como a derrota
em Itália contra o Inter de Milão, num jogo em que o Dnipro falhou um penalty e
jogou a segunda parte em superioridade numérica mas mesmo assim perdeu. O jogo
seguinte, contra o Saint-Étienne (que reencontrará na fase de grupos desta
época), que o Dnipro tinha de ganhar, contra um adversário que até então não
tinha perdido, e esperar que o Qarabag não ganhasse ao Inter de Milão.
Depois ultrapassar finalmente a barreira dos dezasseis avos
de final, que o Dnipro não era capaz de fazer desde os tempos da União
Soviética. Nos oitavos de final, contra o Ajax, foi necessário ir para
prolongamento na Holanda. Momentos inesquecíveis. Mas serão irrepetíveis?
Não, mas antes de pensar em atingir novamente a final, o
Dnipro deve concentrar-se em ultrapassar a fase de grupos, de preferência com
mais facilidade que na época anterior, onde foi para a última jornada a não
depender apenas de si para se qualificar.
O plantel teve algumas alterações comparando com a época
passada, entraram 10 jogadores e saíram 8, mas manteve o elemento mais
importante, o treinador Myron Markevich.
Saíram Egídio (Palmeiras), Mazuch (Sparta Praga), Alexandru,
Konoplyanka (Sevilha), Kravchenko (Volyn Lutsk), Politylo (Volyn Lutsk),
Kankava (para o Reims por 1,5M€) e Kalinic (para a Fiorentina por 1,5M€).
Entraram Vartsaba (Naftovyk), Chygrynskyi (Shakhtar Donetsk),
Gueye (Metalist Kharkiv), Tomecak (1M€ do Rijeka), Anderson Pico (1M€ do
Flamengo), Svatok, Danilo Sousa (Metalurh Donetsk), Babatunde (Volyn Lutsk),
Edmar (Metalist Kharkiv) e Ruiz (Lille).
O Dnipro não tem um plantel ostensivo, mas por exemplo Gueye
e Edmar têm tudo para ser excelentes contratações, eles que já foram liderados
por Myron Markevich no Metalist Kharkiv, nos tempos em que o Dnipro tinha um
plantel mais ostensivo mas com piores resultados.
O Saint-Étienne teve de disputar duas pré-eliminatórias para chegar à fase de grupos, e apesar de não ter sido brilhante, foi melhor que nas duas épocas anteriores.
A Lazio irá jogar a Liga Europa pela quinta vez nas últimas
sete épocas.
Começou no playoff da Liga dos Campeões, competição em que
participou pela última vez em 2007. E terá de esperar pelo menos mais um ano
para lá regressar, porque não conseguiu eliminar o Bayer Leverkusen. Até venceu
o primeiro jogo, em casa por 1-0, mas perdeu na Alemanha por 0-3.
Nas quatro participações anteriores, apenas na primeira a
Lazio não conseguiu ultrapassar a fase de grupos, na estreia em 2009/2010.
Ficou atrás do FC Salzburgo e do Villarreal. Nas três participações seguintes,
ficou duas vezes em segundo lugar, e venceu o grupo uma vez. Das duas vezes que
ficou em segundo lugar foi eliminado logo a seguir nos dezasseis avos de final
(pelo Atlético Madrid em 2012 e pelo Ludogorets em 2014), e quando venceu o
grupo conseguiu ir até aos quartos de final, naquela que foi a melhor época de
sempre, em 2012/2013.
A Lazio fez poucas contratações, apenas cinco jogadores: Hoedt
(AZ Alkmaar), Morrison, Sergej (9M€ ao Genk), Kishna (4M€ ao Ajax) e Matri (AC
Milão). Mesmo assim conseguiu ser a equipa do grupo que mais gastou em
contratações. 13M€ é pouco comparando com o que outras equipas na Liga Europa
gastaram, mas é mais que o que gastaram as outras três equipas do grupo juntas.
Saíram nove jogadores: Novaretti (León), Cavanda (1,75M€
para o Trabzonspor), Pereirinha (Atlético Paranaense), Ciani (Sporting), Braafheid,
Cana, Ederson (Flamengo), Ledesma e Brayan Perea (Troyes).
Talvez a Lazio consiga não perder nenhum jogo no grupo, tal
como nas duas vezes anteriores. No mínimo deve conseguir atingir os dezasseis
avos de final, e depois, independentemente de lá chegar como primeiro ou
segundo classificado do grupo, deve tentar ir mais além. Tem os exemplos do
Dnipro e do Sevilha, que na época passada não venceram os respetivos grupos e depois
foram os dois finalistas.
O Saint-Étienne teve de disputar duas pré-eliminatórias para chegar à fase de grupos, e apesar de não ter sido brilhante, foi melhor que nas duas épocas anteriores.
Primeiro eliminou o Tirgu Mures com uma vitória por 3-0 na
Roménia e uma derrota por 1-2 em casa. Na eliminatória seguinte eliminou o
Milsami com um empate 1-1 na Moldávia e uma vitória por 1-0 em casa.
Em 2013/2014 tinha eliminado o Milsami mais facilmente (3-0
em casa e 3-0 fora), mas depois foi eliminado pelo Esbjerg na ronda seguinte
(duas derrotas, por 3-4 na Dinamarca e 0-1 em casa) e nem sequer atingiu a fase
de grupos. E na época passada conseguiu atingir a fase de grupos, depois de
eliminar o Karabukspor nos penalties, mas não conseguiu vencer nenhum jogo no
grupo, empatou os cinco primeiros e perdeu o último, contra o Dnipro,
adversário que irá reencontrar esta época.
Na época passada o Saint-Étienne marcou apenas dois golos, e
para fazer melhor desta vez, não é surpresa que o ataque foi o sector que
sofreu mais alterações. Saíram cinco avançados, e entraram outros cinco.
Saíram Gradel (10M€ para o Bournemouth), Van Wolfswinkel
(Norwich), Mevlut Erdinç (3,3M€ para o Hannover 96), Saint-Maximin (5M€ para o Mónaco)
e Mollo (Samara). Entraram Bahebeck (Paris Saint-Germain), Roux (Lille por
2M€), Maupay (Nice), Pinheiro e Beric (Rapid Viena por 5,5M€).
Nos restantes sectores as alterações foram menos
importantes, entraram Polomat (Laval), Assou-Ekotto, Malcuit (0,5M€ do Niort),
Pajot (Rennes) e Eysseric (Nice), e saíram Valette (Niort), Baysse (Nice) e
Tabanou (4,9M€ para o Swansea).
O treinador também se manteve, Christophe Galtier, que não
foi capaz de ganhar um único jogo na fase de grupos da época passada, mas terá
uma segunda oportunidade para o fazer.
Em princípio o Saint-Étienne deverá marcar mais golos que na
época passada, deverá até finalmente ganhar um jogo. Se será ou não suficiente
para atingir os dezasseis avos de final, daqui a poucos meses saberemos.
O Rosenborg já foi em tempos uma das equipas mais importantes
do futebol europeu (jogou a Liga dos Campeões por onze vezes entre 1995 e
2007), mas esses dias acabaram.
Agora começa a competir logo na primeira pré-eliminatória,
ao lado de equipas desconhecidas, e para chegar à fase de grupos tem de
eliminar quatro adversários.
Primeiro eliminou o Vikingur com uma vitória por 2-0 nas
Ilhas Faroé e um empate 0-0 em casa. Depois eliminou o KR com uma vitória por
1-0 na Islândia e outra por 3-0 em casa.
O adversário seguinte já não era um desconhecido, o
Debrecen. O Rosenborg teve mais dificuldades, mas venceu novamente os dois
jogos, por 3-2 na Hungria e depois por 3-1 em casa.
Faltava apenas um adversário para chegar à fase de grupos,
este sim à altura do Rosenborg, o Steaua Bucareste. O Rosenborg conseguiu uma
sensacional vitória na Roménia por 3-0, e depois mesmo com a derrota por 0-1 em
casa na segunda mão conseguiu qualificar-se.
E agora, do que será capaz daqui adiante? Nas duas
participações anteriores na fase de grupos da Liga Europa, nunca conseguiu ir
mais além, vencendo apenas três dos doze jogos disputados, e perdendo os outros
nove. Vendo as coisas pela positiva, da primeira para a segunda participação,
duplicou o número de pontos. Se voltar a fazer melhor que anteriormente, poderá
qualificar-se para os dezasseis avos de final, onde não está desde a Taça UEFA
em 2007/2008.
Previsão:
1. Dnipro
2. Lazio
3. Saint-Étienne
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