O Wolfsburgo qualificou-se para os dezasseis avos de final
da Liga Europa.
A Liga Europa dificilmente podia ter começado pior para o
Wolfsburgo, com uma derrota por 1-4 em Inglaterra contra o Everton. E na
jornada seguinte, em casa contra o Lille, apesar de não ter perdido, o empate
1-1 foi novamente um mau resultado.
Ao fim de duas jornadas o Wolfsburgo era último classificado
com apenas um ponto, com um ponto de atraso para o Lille e o Krasnodar, e com
três pontos de atraso para o Everton.
Na terceira jornada o Wolfsburgo arrancou finalmente: na
Rússia contra o Krasnodar, o Wolfsburgo esteve pela primeira vez em vantagem quando
Granqvist marcou um autogolo. No início da segunda parte De Bruyne aumentou a
vantagem. O Krasnodar ainda a reduziu, de penalty, mas Luiz Gustavo voltou a
colocar o Wolfsburgo com dois golos de vantagem, e De Bruyne marcou o seu
segundo golo e o quarto do Wolfsburgo. O resultado final de 4-2 fez o
Wolfsburgo subir ao segundo lugar, a apenas um ponto do líder Everton, e com um
ponto de avanço sobre o Lille e dois de avanço sobre o Krasnodar.
Duas semanas depois, em casa contra o Krasnodar, o Wolfsburgo
venceu novamente, desta vez por 5-1! Chegou ao intervalo empatado 0-0, os golos
foram todos marcados na segunda parte. Esta foi a maior vitória do Wolfsburgo
na história da Liga Europa, superando os 4-1 em casa contra o Villarreal em
2010.
O Wolfsburgo continuava com um ponto de atraso para o
Everton, o próximo adversário, mas tinha agora quatro de avanço sobre o Lille e
cinco de avanço (e vantagem no confronto direto) sobre o Krasnodar.
O Krasnodar só seria uma ameaça para o Wolfsburgo se
ganhasse os seus últimos dois jogos e o Wolfsburgo perdesse os últimos dois. Já
o Lille era uma ameaça maior porque tinha mais um ponto e o Wolfsburgo ainda
tinha de jogar em França, e tinha empatado 1-1 em casa. Se o Wolfsburgo fosse
para a última jornada com menos de quatro pontos de avanço sobre o Lille, seria
ultrapassado se perdesse o último jogo.
Mas estas hipóteses poderiam acabar logo na quinta jornada,
se o Wolfsburgo ganhasse ao Everton. Só que o Wolfsburgo perdeu novamente
contra o Everton, desta vez por 0-2, e ficou ao alcance do Lille, que empatou
na Rússia e reduziu a distância para apenas três pontos.
Em França, o jogo até começou a correr bem para o Wolfsburgo
quando Vieirinha marcou no fim da primeira parte, mas aos 55 minutos Guilavogui
foi expulso e o Wolfsburgo parecia estar em maus lençóis. Apesar da
inferioridade numérica, foi o Wolfsburgo que marcou novamente, por Rodriguez. E
o Lille nem sequer de penalty conseguiu marcar, Benaglio defendeu o penalty de
Origi. O Wolfsburgo também teve um penalty perto do fim, que Rodriguez não
desperdiçou.
O jogador-chave foi De Bruyne: marcou o golo do empate em
casa contra o Lille, depois marcou dois dos quatro golos ao Krasnodar na
Rússia, e contra o Krasnodar em casa fez mais duas assistências.
Nos dezasseis avos de final o Wolfsburgo irá defrontar o
Sporting. Será a terceira vez que o Wolfsburgo disputará os dezasseis avos de
final, a primeira foi na última edição da Taça UEFA, em 2008/2009, e foi
eliminado pelo Paris Saint-Germain. A segunda foi na época seguinte, na
primeira edição da Liga Europa (vindo da fase de grupos da Liga dos Campeões).
Eliminou o Villarreal e atingiu os oitavos de final. Das duas vezes jogou
primeiro fora e só depois em casa, desta vez jogará primeiro em casa.
Comparando com os quartos de final, o Brasil jogou com Dante
em vez do suspenso Thiago Silva, Luiz Gustavo em vez de Paulinho, e Bernard em
vez do lesionado Neymar.
A Alemanha jogou com a mesma equipa que eliminou a França no
jogo anterior.
Logo aos 11 minutos, Kroos marcou um pontapé de canto na
direita e Muller, sozinho na área, marcou o primeiro golo.
O Brasil já tinha recuperado de uma desvantagem no primeiro
jogo contra a Croácia, mas desta vez não conseguiu fazê-lo novamente, e o que
se seguiu foi a maior humilhação na história do futebol brasileiro.
Aos 23 minutos Kroos voltou a encontrar Muller com demasiado
espaço na área, passou-lhe a bola e este passou-a a Klose, que rematou para
defesa de Júlio César, mas na recarga Klose marcou o segundo golo.
Com este golo, Klose ultrapassou Ronaldo e tornou-se o
melhor marcador da história dos Campeonatos do Mundo, com 16 golos.
No minuto seguinte Lahm cruzou da direita, Muller falhou o
remate mas atrás dele Kroos não falhou e marcou o terceiro golo. Novamente um
jogador com demasiado espaço, não tinha nenhum jogador brasileiro por perto
para impedi-lo de rematar.
E dois minutos depois Kroos assistiu Khedira que devolveu a
Kroos e este só teve de chutar a bola para a baliza desprotegida.
Dante e Fernandinho estavam completamente desorientados com
a troca de bola entre Kroos e Khedira, David Luiz já tinha abandonado a defesa…
mas o massacre ainda estava longe de terminar.
Aos 29 minutos, Hummels ganhou uma disputa de bola com David
Luiz e Luiz Gustavo e lançou Khedira, que desta vez fez o que Kroos fez na
jogada anterior, ou seja, passou a bola a Ozil na esquerda e depois recebeu-a
novamente e só teve de chutar para a baliza.
Na segunda parte, aos 69 minutos, Khedira na direita passou a
Lahm que já estava dentro da área, e este cruzou-a para Schurrle que marcou o
sexto golo.
Aos 79 minutos Muller recebeu um passe longo para a
esquerda, e com a aproximação de Dante cruzou a bola de primeira para Schurrle,
que tinha espaço mas tinha um ângulo apertado, mas ainda assim conseguiu marcar
o sétimo golo, com a bola ainda a bater na trave antes de entrar.
O melhor que o Brasil conseguiu fazer foi marcar um golo aos
90 minutos: Oscar recebeu um passe longo de Marcelo, fintou Boateng e chutou a
bola fora do alcance de Neuer.
É difícil destacar um herói do jogo, vários jogadores
alemães foram brilhantes, mas o melhor foi Kroos.
Também é difícil destacar o vilão, vários jogadores
brasileiros estiveram péssimos. Assim sendo o vilão tem de ser Luiz Felipe
Scolari, que não preparou os seus jogadores para reagir à adversidade, nem para
defender ou atacar, selecionou defesas que defendem mal, avançados que atacam
mal, e o Brasil sofreu a maior humilhação da sua história com ele como
treinador.
Doze anos depois a Alemanha está de volta à final do
Campeonato do Mundo, onde irá defrontar o vencedor do Holanda vs. Argentina. Já
defrontou a Holanda na final em 1974, e a Argentina nas finais em 1986 e 1990.
O Brasil, como disse Luiz Felipe Scolari, “regressou” às
meias finais doze anos depois, vangloriando-se que sem ele em 2006 e 2010 nem
sequer passaram dos quartos de final, com ele estão melhor. Mas para o Brasil
isso não basta, ser semifinalista não é suficiente, especialmente sendo
eliminado por 1-7! Scolari tem de sair, o Brasil tem de mudar.
Comparando com a segunda jornada, os Camarões jogaram com
Nyom a lateral direito, Matip a defesa central em vez de Chedjou, Bedimo a
lateral esquerdo, e Mbia e N’Guémo a médios centro em vez de Matip que recuou
para defesa central e Alexandre Song que estava suspenso.
O Brasil, comparando com a segunda jornada, voltou a jogar
com Hulk em vez de Ramires, o onze inicial da primeira jornada contra a
Croácia.
Aos 17 minutos Luiz Gustavo cruzou da esquerda e Neymar, com
espaço entre os centrais N’Koulou e Matip, marcou o primeiro golo, juntando-se
ao grupo de jogadores com 3 golos no Mundial 2014.
Aos 26 minutos, Nyom passou por Daniel Alves na direita,
cruzou a bola e Matip, nas costas de David Luiz, marcou o primeiro golo dos
Camarões no Mundial 2014.
Aos 35 minutos Neymar recebeu a bola de Marcelo, fintou N’Koulou
e marcou o seu segundo golo no jogo. Com este golo isolou-se na lista dos
melhores marcadores do Mundial 2014, com 4 golos.
Aos 49 minutos, Fernandinho intercetou um passe de N’Koulou
para N’Guémo à entrada da área, passou a bola para David Luiz na esquerda, que
a cruzou para Fred finalizar de cabeça. Primeiro golo do ponta-de-lança
brasileiro, que precisou de poucos minutos para marcar no Mundial 2006, mas
demorou muito mais para o fazer no Mundial 2014.
E aos 84 minutos Fernandinho tabelou com Fred ultrapassando
Mbia e N’Koulou, e chutou fora do alcance de Itanjde fazendo o quarto golo do
Brasil.
O herói do jogo foi Neymar, com dois golos que deram nova
vitória ao Brasil, e o colocaram no topo da lista dos melhores marcadores do
Mundial 2014.
Com esta vitória o Brasil garantiu o primeiro lugar do Grupo
A, e irá defrontar o Chile nos oitavos de final, tal como no Mundial anterior.
Os Camarões, tal como no Mundial anterior, terminaram a sua
participação com três derrotas.
COMO SE QUALIFICARAM: País organizador PARTICIPAÇÕES ANTERIORES:
1930 - Fase de Grupos
1934 - Oitavos de Final
1938 - 3º lugar
1950 - Finalista vencido
1954 - Quartos de Final
1958 - Vencedor
1962 - Vencedor
1966 - Fase de Grupos
1970 - Vencedor
1974 - 4º lugar
1978 - 3º lugar
1982 - 2ª Fase de Grupos
1986 - Quartos de Final
1990 - Oitavos de Final
1994 - Vencedor
1998 - Finalista vencido
2002 - Vencedor
2006 - Quartos de Final
2010 - Quartos de Final
Treinador: Luiz Felipe Scolari
Equipa-tipo: Júlio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Paulinho, Luiz Gustavo e Oscar; Hulk, Fred e Neymar
O Brasil é a única seleção que participou em todas as
edições do Campeonato do Mundo.
Por ser o país organizador do Mundial 2014, não teve de
disputar a zona de qualificação sul-americana, e o último jogo oficial que
disputou foi a final da Taça das Confederações 2013, em que derrotou a Espanha
por 3-0.
A Taça das Confederações 2013 foi um tremendo sucesso. O
Brasil venceu todos os jogos (3-0 contra o Japão, 2-0 contra o México, 4-2
contra a Itália, 2-1 contra o Uruguai e 3-0 contra a Espanha), e consolidou uma
equipa-tipo que deverá manter para o Mundial 2014: Júlio César na baliza, Daniel
Alves a lateral direito, Thiago
Silva e David Luiz como dupla de
centrais, Marcelo a lateral
esquerdo, Paulinho e Luiz Gustavo como médios defensivos, Oscar como médio ofensivo, Hulk e Neymar como extremos, e Fred
a ponta-de-lança.
Depois da Taça das Confederações, nos oito jogos amigáveis
que se seguiram, foram experimentados vários jogadores para completar o grupo
de 23 que estará no Mundial 2014.
Dos 23 da Taça das Confederações, também o guarda-redes Jefferson, o defesa Dante, o médio Hernanes, o extremo Bernard
e o ponta-de-lança Jô voltaram a ser
escolhidos por Scolari.
Os restantes jogadores que completam o grupo são o
guarda-redes Victor (anteriormente
esteve na Taça das Confederações 2009 mas não no Mundial no ano seguinte, desta
vez aconteceu o contrário), o lateral direito Maicon, o defesa central Henrique,
o lateral esquerdo Maxwell, os
médios Fernandinho e Ramires, e o extremo Willian.
O Brasil é a seleção que mais vezes venceu o Campeonato do
Mundo, treinada por Scolari que venceu em 2002, mas a equipa atual tem pouca
experiência em Campeonatos do Mundo – apenas Júlio César, Daniel Alves, Maicon,
Ramires, Fred e Thiago Silva estiveram em Campeonatos do Mundo anteriormente,
sendo que Thiago Silva não jogou um único minuto, e Fred esteve não na equipa
de 2010 mas sim na de 2006, onde jogou apenas dois minutos.
O Brasil venceu sempre que defrontou os seus adversários do
Grupo A em Campeonatos do Mundo anteriores, e nunca sofreu golos: 1-0 contra a
Croácia em 2006, 3-0 contra os Camarões em 1994, e contra o México 4-0 em 1950,
5-0 em 1954 e 2-0 em 1962.
Provavelmente voltará a vencê-los, e nos oitavos de final
poderá defrontar o Chile, que também venceu sempre (4-2 nas meias finais em
1962, 4-1 nos oitavos de final em 1998 e 3-0 nos oitavos de final em 2010), ou
talvez a Holanda, que eliminou o Brasil nos quartos de final em 2010.