O PSV Eindhoven qualificou-se para os dezasseis avos de
final da Liga Europa.
Depois de não ter conseguido ultrapassar a fase de grupos
nas duas épocas anteriores, a reputação do PSV Eindhoven na Liga Europa ficou
abalada. Passou de três épocas entre 2009/2010 e 2011/2012 em que passou sempre
a fase de grupos e apenas perdeu um jogo por época para duas épocas seguintes
em que perdeu três jogos por época e nunca ultrapassou a fase de grupos.
Nestas duas épocas anteriores começou sempre com uma derrota,
mas desta vez começou com uma vitória em casa, contra o Estoril, por 1-0. Um
bom presságio.
No entanto, perdeu o jogo seguinte, na Rússia contra o
Dínamo Moscovo. E no terceiro jogo, em casa contra o Panathinaikos, empatou
1-1. Ao fim da terceira jornada, apesar de estar em segundo lugar, tinha apenas
um ponto de avanço sobre o Estoril e três de avanço sobre o Panathinaikos, e os
dois jogos seguintes eram na Grécia contra o Panathinaikos e em Portugal contra
o Estoril.
Na Grécia, contra o Panathinaikos, esteve a perder por duas
vezes mas conseguiu vencer por 3-2, aumentando assim a vantagem sobre o Estoril
e o Panathinaikos para quatro e seis pontos (e eliminando o Panathinaikos porque
além da vantagem de seis pontos tinha também vantagem no confronto direto).
Mas o Estoril ainda era uma ameaça. Se o PSV Eindhoven
perdesse em Portugal e depois não ganhasse o último jogo, o Estoril ainda
poderia subir ao segundo lugar se vencesse o Panathinaikos na Grécia.
O PSV Eindhoven esteve em vantagem por duas vezes mas estava
a perder por 2-3 ao intervalo, quando o jogo foi interrompido devido ao mau
tempo. No dia seguinte jogou-se a segunda parte, o PSV Eindhoven conseguiu empatar
o jogo e qualificar-se.
O jogador-chave foi Wijnaldum – marcou o golo da vitória na
Grécia que eliminou o Panathinaikos, e marcou o golo do empate em Portugal que
eliminou o Estoril.
O PSV Eindhoven será segundo classificado – nas outras três
vezes que atingiu os dezasseis avos de final fê-lo sempre como vencedor do
grupo. Ainda assim, o segundo lugar é melhor que os dois terceiros lugares nas
duas épocas anteriores.
Comparando com a segunda jornada, a Croácia jogou com
Vrsaljko a defesa esquerdo e Pranjic no meio-campo em vez de Sammir.
O México jogou com a mesma equipa pelo terceiro jogo
consecutivo.
Aos 72 minutos, Herrera marcou um pontapé de canto na
esquerda e Márquez, de cabeça, marcou o primeiro golo.
Pode ser 8 cm mais baixo que Corluka, mas o que lhe falta em
altura sobra em posicionamento, antecipação, impulsão, vontade…
Aos 75 minutos, num contra-ataque, Javier Hernández passou a
bola a Peralta na direita, este cruzou rasteiro para a esquerda onde apareceu
Guardado para marcar o segundo golo.
Aos 82 minutos Guardado marcou um pontapé de canto na
direita, Márquez desviou de cabeça ao primeiro poste, e Javier Hernández
apareceu no segundo poste para finalizar.
Desta vez quem disputou de cabeça com Márquez foi Srna, que
tem a mesma altura.
Aos 87 minutos Perisic passou a Rakitic, este de calcanhar
devolveu a Perisic na esquerda, que com um remate cruzado com o pé esquerdo
marcou o golo da Croácia. Foi o primeiro golo sofrido por Ochoa e pelo México
no Mundial 2014.
Com este golo o México perdia a esperança de terminar em
primeiro lugar no Grupo A (o Brasil vencia os Camarões por três golos de
diferença no outro jogo), mas tinha o mais importante garantido, a passagem aos
oitavos de final pelo sexto Mundial consecutivo.
Rebic ainda foi expulso dois minutos depois por entrada
perigosa sobre Peña.
O herói do jogo foi Márquez, com um golo e uma assistência.
O México irá defrontar a Holanda nos oitavos de final. Só de
defrontaram uma vez anteriormente, no Mundial 1998, e o resultado foi 2-2.
A Croácia foi eliminada. Tal como em 2002 e 2006, não
conseguiu ultrapassar a fase de grupos. A melhor participação de sempre
continua a ser a estreia em 1998, quando ficou em 3º lugar.
O México jogou com Ochoa a guarda-redes, Héctor Moreno no
trio de defesas centrais em vez de Reyes, Layún a defesa esquerdo, Guardado a
médio em vez de Peña, e Giovani no ataque em vez de Javier Hernández.
Os Camarões jogaram com Djeugoué a defesa direito, Mbia no
meio-campo em vez de Makoun, e Choupo-Moting no ataque em vez de Webó.
Aos 11 minutos, na sequência de um lançamento lateral na
direita, Herrera recebeu a bola de Aguilar e cruzou-a para Giovani, que com
espaço entre Djeugoué e N’Koulou rematou para dentro da baliza de Itanjde. No
entanto, o golo foi mal anulado, por fora de jogo.
Aos 29 minutos, pontapé de canto marcado na esquerda por
Layún, a bola desvia na cabeça de Choupo-Moting e chega ao segundo poste, onde
Giovani a cabeceia para dentro da baliza. Golo novamente mal anulado, por fora
de jogo.
Giovani já podia ter alcançado Neymar na lista dos melhores
marcadores, mas assim continuava sem nenhum.
Aos 61 minutos, o México conseguiu finalmente ter um golo
validado: Herrera, numa combinação com Peralta, passou por três jogadores
camaroneses e assistiu Giovani, que tinha espaço novamente entre N’Koulou e o
lateral direito Nounkeu, entrado na segunda parte para o lugar de Djeugoué; o
remate de Giovani foi defendido por Itanjde, mas na recarga Peralta, que acompanhou
o ataque, marcou o golo com o pé esquerdo.
O herói do jogo acaba por ser Peralta, o autor do único golo
validado. Poderia ter sido Giovani se os seus dois golos não tivessem sido
anulados.
O vilão foi o árbitro Wilmar Roldán, que anulou dois golos
ao México por foras de jogo inexistentes. Se o México não tivesse conseguido
marcar um terceiro golo as consequências poderiam ter sido muito mais graves, e
o México ainda pode vir a precisar desses dois golos mal anulados mais tarde.
Podem ser a diferença entre, por exemplo, ter de vencer a Croácia na última jornada,
por ter o mesmo número de pontos mas pior diferença de golos, ou precisar
apenas de um empate.
O México finalmente venceu uma equipa africana em
Campeonatos do Mundo, depois da derrota por 1-3 conta a Tunísia em 1978 e dos empates
0-0 contra Angola em 2006 e 1-1 contra a África do Sul em 2010.
Playoff:
México 5-1 Nova Zelândia
Nova Zelândia 2-4 México
PARTICIPAÇÕES ANTERIORES:
1930 - Fase de Grupos
1950 - Fase de Grupos
1954 - Fase de Grupos
1958 - Fase de Grupos
1962 - Fase de Grupos
1966 - Fase de Grupos
1970 - Quartos de Final
1978 - Fase de Grupos
1986 - Quartos de Final
1994 - Oitavos de Final
1998 - Oitavos de Final
2002 - Oitavos de Final
2006 - Oitavos de Final
2010 - Oitavos de Final
Treinador: Miguel Herrera
Equipa-tipo: Ochoa; Aguilar, Reyes, Márquez, Rodríguez e Guardado; Vázquez, Herrera e Peña; Javier Hernández e Peralta
O México qualificou-se para o Mundial 2014, mas não foi a
potência que costuma ser na CONCACAF. Terminou apenas em quarto lugar no
Hexagonal, atrás dos EUA, Costa Rica e Honduras. E até o quarto lugar, que dava
uma última oportunidade de chegar ao Mundial num playoff contra a Nova
Zelândia, esteve em risco até aos últimos momentos!
Com o México a perder contra a Costa Rica, o Panamá ficaria
com o quarto lugar se derrotasse os EUA. A sete minutos do fim o Panamá estava
a vencer, e os EUA não jogavam com vários dos seus melhores jogadores, nem sequer
tinham algo pelo qual lutar neste jogo, já tinham conseguido a qualificação e o
primeiro lugar.
No entanto, os EUA marcaram dois golos nos últimos minutos,
e o México evitou a humilhação maior de não se qualificar – mas não evitou a
vergonha de se ter qualificado nestas circunstâncias.
Víctor Manuel Vucetich foi despedido após esta derrota
contra Costa Rica, e foi Miguel Herrera que dirigiu a equipa no playoff contra
a Nova Zelândia. Antes, já José Manuel de la Torre tinha sido despedido após perder
em casa contra as Honduras na sétima jornada, e Luis Fernando Tena também foi
despedido depois de perder o jogo seguinte contra os EUA.
Miguel Herrera venceu os dois jogos contra a Nova Zelândia,
para os quais não convocou os jogadores que jogam na Europa.
O México será das equipas mais imprevisíveis no Mundial 2014
– Miguel Herrera não usará a mesma equipa que jogou contra a Nova Zelândia (até
porque o guarda-redes Muñoz e o defesa Valenzuela, titulares contra a Nova
Zelândia, agora não foram convocados), e nos três jogos amigáveis que se
seguiram apenas o capitão Márquez foi sempre titular.
Ao anunciar a convocatória, Miguel Herrera disse que a
ordenação era por posição e alfabética, não sendo assim possível deduzir
qualquer hierarquia entre os convocados:
Médios: Aquino, Brizuela,
Fabián, Herrera, Peña, Ponce e Vázquez
Avançados: Giovani,
Javier Hernández, Raúl Jiménez, Peralta e Pulido
Este será o quarto Mundial para Márquez, o terceiro para
Ochoa (suplente não utilizado nos dois anteriores), Rodríguez, Salcido e
Guardado, e o segundo para Corona (suplente não utilizado em 2006), Aguilar,
Héctor Moreno, Giovani e Javier Hernández.
Longe vão os tempos em que o México era o saco de pancada
dos Mundiais. Nos últimos cinco, atingiu sempre os oitavos de final, mas nunca
conseguiu ir mais além. Apenas nos dois Mundiais que organizou, em 1970 e 1986,
conseguiu atingir os quartos de final. Será que consegue antingir os quartos de
final sem ser o anfitrião? Mas primeiro, será que consegue atingir os oitavos
de final pela sexta vez consecutiva?
O México perdeu sempre contra o Brasil em Campeonatos do
Mundo (0-4 em 1950, 0-5 em 1954 e 0-2 em 1962), no entanto, é o Brasil que não
tem grandes recordações de jogadores como Corona, Salcido, Reyes, Aquino, Herrera,
Ponce, Fabián, Raúl Jiménez, Giovani, e principalmente Peralta, que em 2012
conquistaram o ouro olímpico, enquanto o Brasil teve de se contentar com a
prata.
O México derrotou a Croácia em 2002 por 1-0, e nunca
defrontou os Camarões.