domingo, 25 de janeiro de 2015

Qarabag



Treinador: Gurban Gurbanov





Jogador-chave: Sehic



O Qarabag foi eliminado no Grupo F da Liga Europa.
Depois de várias tentativas falhadas para chegar à fase de grupos da Liga Europa, desta vez conseguiu qualificar-se, eliminando o Twente, precisamente a equipa que não tinha conseguido eliminar no playoff em 2009/2010. Na época seguinte voltou a chegar ao playoff mas foi eliminado pelo Borussia Dortmund. Em 2011/2012 nem sequer chegou ao playoff, foi eliminado na ronda anterior pelo Club Brugge. Em 2013/2014 voltou a chegar ao playoff mas foi eliminado pelo Eintracht Frankfurt.
Desta vez começou nas pré-eliminatórias da Liga dos Campeões, caindo na terceira contra o FC Salzburgo. Ainda ganhou o primeiro jogo em casa, por 2-1, mas depois perdeu na Áustria por 0-2. No playoff da Liga Europa eliminou o Twente com um empate 0-0 em casa e outro empate 1-1 na Holanda.
Na fase de grupos voltou a empatar 0-0 em casa, conta o Saint-Étienne. No jogo seguinte, em Itália contra o Inter de Milão, perdeu por 0-2. Ao fim de duas jornadas era último classificado com apenas um ponto e nenhum golo marcado.
No terceiro jogo, na Ucrânia contra o Dnipro, conseguiu finalmente marcar, por Muarem (que já tinha marcado o golo da qualificação na Holanda contra o Twente), e foi suficiente para vencer por 1-0!
O Qarabag estava em segundo lugar do grupo, com um ponto de vantagem sobre o Saint-Étienne, e três pontos de vantagem sobre o Dnipro.
Se ganhasse o jogo seguinte, em casa contra o Dnipro, ficaria com seis pontos de vantagem sobre o Dnipro, e vantagem no confronto direto.
Mas o Dnipro vingou-se da derrota em casa e venceu no Azerbaijão por 2-1. O Qarabag foi novamente alcançado pelo Dnipro, e ficou com desvantagem no confronto direto. Dnipro, Qarabag e Saint-Étienne estavam todos empatados com quatro pontos.
O jogo seguinte era em França contra o Saint-Étienne. O Qarabag empatou 1-1 e manteve-se empatado com o Saint-Étienne (e vantagem no confronto direto), e agora com um ponto de vantagem sobre o Dnipro, que perdeu contra o Inter de Milão.
O Qarabag ia assim para a última jornada em segundo lugar do grupo, para o manter só teria de vencer o já qualificado Inter de Milão. Se empatasse também ficaria em segundo lugar desde que não houvesse um vencedor no outro jogo do grupo.
O Qarabag empatou 0-0, só que o Dnipro venceu o Saint-Étienne, ultrapassando assim o Qarabag que terminou em terceiro lugar.
Foi uma boa participação do Qarabag, que conseguiu vencer um jogo (ao contrário do Neftchi em 2012/2013), e lutou por um lugar nos dezasseis avos de final até ao último minuto do último jogo. Outras equipas com maiores responsabilidades nem isso foram capazes de fazer.

Saint-Étienne



Treinador: Christophe Galtier





Jogador-chave: Ruffier



O Saint-Étienne foi eliminado no Grupo F da Liga Europa.
Na época anterior nem sequer conseguiu chegar à fase de grupos, foi eliminado no playoff pelo Esbjerg. Esta época o adversário no playoff era o Karabukspor. Após perder a primeira mão na Turquia por 0-1, o Saint-Étienne conseguiu recuperar em casa e levar a eliminatória para prolongamento e penalties. O Saint-Étienne falhou primeiro o quarto penalty, mas Ruffier defendeu o quarto penalty do Karabukspor, depois Gradel marcou o quinto, e Ruffier defendeu novamente o quinto penalty do Karabukspor, qualificando o Saint-Étienne para a fase de grupos.
No primeiro jogo, no Azerbaijão contra o Qarabag, o Saint-Étienne empatou 0-0. Na segunda jornada, em casa contra o Dnipro, voltou a empatar 0-0. Ruffier voltou a defender um penalty de Kalinic.
Na terceira jornada, em Itália contra o Inter de Milão, o Saint-Étienne empatou 0-0 pela terceira vez consecutiva. Foi a primeira equipa do grupo a não perder contra o Inter de Milão. Mas ao fim de três jornadas ainda não tinha conseguido marcar um único golo!
Na quarta jornada sofreu finalmente o primeiro golo, e depois também marcou o primeiro golo. Foi o quarto empate consecutivo, mas desta vez foi 1-1.
Ao fim de quatro jornadas o Saint-Étienne estava em último lugar do grupo, com os mesmos pontos do Dnipro e do Qarabag e com quatro pontos de atraso para o Inter de Milão. No critério de desempate contra o Dnipro e o Qarabag era último porque tinha dois pontos nos jogos entre eles (excluindo os jogos contra o Inter de Milão), e os adversários tinham quatro cada.
Na quinta jornada, em casa contra o Qarabag, o Saint-Étienne voltou a sofrer um golo, poucos minutos depois empatou, mas empatou o quinto jogo consecutivo. Ficou com desvantagem no confronto direto contra o Qarabag, e em risco de ser eliminado mesmo vencendo o último jogo, se o Qarabag também vencesse o seu último jogo.
Se o Qarabag perdesse, bastaria ao Saint-Étienne empatar pela sexta vez seguida para atingir os dezasseis avos de final mesmo sem vencer um único jogo!
Mas o Dnipro também tinha hipóteses, apesar de estar em último – precisava de vencer e esperar que o Qarabag não ganhasse o Inter de Milão.
Desta vez o Saint-Étienne sofreu um golo mas não conseguiu marcar, e foi eliminado.
Foi uma participação melhor que a anterior, mas se a referência era a Taça UEFA 2008/2009, onde atingiu os oitavos de final, foi muito pior. Não ultrapassou a fase de grupos, não ganhou um único jogo, e ficou em último lugar do grupo, atrás do Qarabag!

Dnipro



Treinador: Myron Markevich





Jogador-chave: Fedetskiy



O Dnipro qualificou-se para os dezasseis avos de final da Liga Europa pela terceira época seguida.
Esta qualificação foi bem mais complicada que as duas anteriores.
Começou por perder em casa contra o Inter de Milão por 0-1. Rotan foi expulso aos 68 minutos, e três minutos depois o Inter de Milão marcou o único golo do jogo.
Na jornada seguinte, em França contra o Saint-Étienne, empatou 0-0, num jogo em que Kalinic falhou um penalty. Ao fim de duas jornadas o Dnipro tinha apenas um ponto, já tinha cinco pontos de atraso para o Inter de Milão, um de atraso para o Saint-Étienne, e tinha os mesmos pontos do Qarabag, que seria o adversário nos próximos dois jogos.
Parecia a oportunidade perfeita para o Dnipro recuperar, só que no primeiro jogo, em casa, o Dnipro ainda complicou mais a sua situação, ao perder por 0-1! Tinha agora três pontos de atraso também para o Qarabag, dois de atraso para o Saint-Étienne, e seis de atraso para o Inter de Milão. Ainda não tinha marcado um único golo em três jogos!
O jogo seguinte, no Azerbaijão, foi o ponto de viragem. Kalinic redimiu-se do penalty falhado em França e marcou os dois golos do Dnipro, que venceu por 2-1.
Dnipro, Qarabag e Saint-Étienne estavam agora todos empatados com quatro pontos, e o Inter de Milão liderava o grupo com oito.
O próximo jogo era em Itália contra o Inter de Milão. Até começou bem para o Dnipro, que marcou primeiro, por Rotan (outro que se redimiu da expulsão no primeiro jogo). Depois Konoplyanka teve a oportunidade de aumentar a vantagem, de penalty, mas Samir Handanovic defendeu-o, e o Inter de Milão empatou logo a seguir.
No início da segunda parte Ranocchia foi expulso. Se o Inter de Milão aproveitou a superioridade numérica para vencer na Ucrânia, o Dnipro poderia fazer o mesmo em Itália. Só que apesar da expulsão, foi o Inter de Milão que marcou novamente. O Dnipro perdeu por 1-2, voltou a falhar um penalty, e não conseguiu aproveitar a superioridade numérica.
Estava agora em último lugar do grupo com quatro pontos, menos um que o Qarabag e o Saint-Étienne. Se ultrapassar o Saint-Étienne dependia apenas de si (bastava-lhe vencer o próximo jogo), ultrapassar o Qarabag dependia do Inter de Milão não perder no Azerbaijão.
O Dnipro conseguiu vencer o até então invicto Saint-Étienne, por 1-0, e o Inter de Milão empatou no Azerbaijão, portanto o Dnipro qualificou-se para os dezasseis avos de final.
O jogador-chave foi Fedetskiy, marcador do golo ao Saint-Étienne que qualificou o Dnipro.
Nos dezasseis avos de final o Dnipro irá defrontar o Olympiakos. Os dezasseis avos de final têm sido uma barreira intransponível para o Dnipro nas últimas décadas. A última vez que atingiram os oitavos de final foi na Taça dos Campeões em 1989/1990, quando ainda faziam parte da União Soviética!
No entanto, o treinador Myron Markevich já eliminou o Olympiakos nos oitavos de final recentemente, em 2012, quando treinava o Metalist Kharkiv. Conseguirá fazê-lo novamente pelo Dnipro, quebrando esta barreira com mais de 20 anos?

HJK Helsínquia



Treinador: Mika Lehkosuo


Jogador-chave: Baah



O HJK Helsínquia foi eliminado no Grupo B da Liga Europa.
Foi uma época muito melhor do que é habitual. A última vez que o HJK Helsínquia esteve numa fase de grupos foi em 1998/1999, na Liga dos Campeões. Desde então tem sido sempre eliminado nas pré-eliminatórias da Liga dos Campeões e Taça UEFA/Liga Europa, nunca chegando à fase de grupos.
Por exemplo, em 2013/2014 foi eliminado na segunda pré-eliminatória da Liga dos Campeões pelo Nomme Kalju da Estónia, não passando sequer para as pré-eliminatórias da Liga Europa (para isso era necessário atingir pelo menos a fase seguinte).
Nas três épocas anteriores conseguiu sempre ultrapassar a segunda pré-eliminatória, sendo eliminado depois na terceira, por Partizan Belgrado (2010/2011), Dínamo Zagreb (2011/2012) e Celtic (2012/2013). Ao cair para a Liga Europa, nunca conseguiu ultrapassar o playoff, sendo eliminado por Besiktas (2010/2011), Schalke 04 (2011/2012) e Athletic Bilbau (2012/2013).
Esta época voltou a cair na terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, contra o APOEL, com um empate 2-2 em casa e uma derrota 0-2 fora. Só que depois, no playoff da Liga Europa, conseguiu eliminar o Rapid Viena, com uma vitória por 2-1 em casa e um empate 3-3 na Áustria.
Na fase de grupos começou com uma derrota por 0-2 na Dinamarca contra o FC Copenhaga. Seguiu-se uma derrota em casa contra o Club Brugge por 0-3. Na terceira jornada voltou a perder fora por 0-2, em Itália contra o Torino.
O HJK Helsínquia parecia fraco demais para os adversários deste grupo, sem nenhum ponto nem sequer um golo marcado ao fim de três jogos.
Só que na quarta jornada, em casa contra o Torino, o HJK Helsínquia conseguiu finalmente marcar golos, e vencer o jogo, por 2-1. Continuava em último lugar do grupo, mas agora com três pontos, a apenas um de distância do FC Copenhaga, que era o próximo adversário.
Contra o FC Copenhaga, o HJK Helsínquia voltou a marcar primeiro, novamente por Baah (que já tinha marcado o primeiro golo ao Torino), mas o FC Copenhaga empatou já perto do fim. Mas Kandji ainda conseguiu marcar o segundo golo do HJK Helsínquia, que venceu assim novamente por 2-1 em casa, e ultrapassou o FC Copenhaga, que com esta derrota foi eliminado.
O HJK Helsínquia foi para a última jornada com hipóteses, ainda que remotas, de se qualificar para os dezasseis avos de final. Teria de vencer o Club Brugge na Bélgica por pelo menos 4-1 para se qualificar de certeza. Uma simples vitória também seria suficiente se o Torino perdesse contra o FC Copenhaga. E se o Torino empatasse contra o FC Copenhaga e o HJK Helsínquia ganhasse na Bélgica, as três equipas ficariam empatadas com nove pontos, e a vantagem seria do HJK Helsínquia.
Em qualquer dos cenários, ganhar na Bélgica era obrigatório. O HJK Helsínquia até conseguiu marcar o primeiro golo fora na fase de grupos, e estar empatado até perto do final, mas acabou por perder 1-2.
Veremos se o HJK Helsínquia se tornará uma presença mais frequente nas fases de grupos, ou se teremos de aguardar mais 16 anos.

Torino



Treinador: Giampiero Ventura





Jogador-chave: Darmian



O Torino qualificou-se para os dezasseis avos de final da Liga Europa.
Para atingir a fase de grupos teve de disputar duas pré-eliminatórias. Na primeira eliminou facilmente os suecos do Brommapojkarna, com uma vitória por 3-0 fora e outra por 4-0 em casa. A segunda foi bem mais difícil. Contra os croatas do Split, o Torino empatou primeiro 0-0 fora, e depois em casa venceu por 1-0, com um golo de penalty marcado por El Kaddouri.
Na fase de grupos começou com um empate 0-0 na Bélgica contra o Club Brugge. Seguiu-se nova vitória por 1-0 em casa, contra o FC Copenhaga, com o golo marcado de penalty nos últimos instantes por Quagliarella.
Na terceira jornada, em casa contra o HJK Helsínquia, o Torino voltou a vencer, desta vez por 2-0, sem golos de penalty. A meio da fase de grupos o Torino liderava o Grupo B com sete pontos, dois de avanço sobre o Club Brugge, três de avanço sobre o FC Copenhaga e sete de avanço sobre o último classificado HJK Helsínquia.
Parecia que o Torino se qualificaria com facilidade. No próximo jogo defrontava novamente o inofensivo HJK Helsínquia, e os dois perseguidores mais próximos jogavam entre eles.
Só que afinal o HJK Helsínquia não era assim tão fraco. O Torino perdeu na Finlândia por 1-2, e foi ultrapassado pelo Club Brugge.
Se ganhasse o jogo seguinte, em casa contra o Club Brugge, voltaria a subir ao primeiro lugar. Só que voltou a empatar 0-0, manteve-se no segundo lugar, e o HJK Helsínquia, que chegou a estar com seis pontos de atraso, estava agora apenas com dois pontos de atraso.
Na última jornada o Torino corria o risco de ser eliminado, se perdesse na Dinamarca contra o já eliminado FC Copenhaga e o HJK Helsínquia ganhasse ao Club Brugge.
O jogo até começou mal para o Torino, o FC Copenhaga marcou primeiro. Só que o Torino empatou rapidamente, e depois o FC Copenhaga teve dois jogadores expulsos ainda na primeira parte. O Torino aproveitou para vencer por 5-1 e qualificar-se para os dezasseis avos de final, o que teria acontecido mesmo com uma derrota, visto que o HJK Helsínquia perdeu na Bélgica contra o Club Brugge.
O jogador-chave foi o capitão Darmian, o único que jogou todos os minutos de todos os jogos. Martínez e El Kaddouri também jogaram todos os jogos mas foram suplentes por uma e três vezes respetivamente.
Nos dezasseis avos de final o Torino irá defrontar o Athletic Bilbau. A última vez que o Torino disputou os dezasseis avos de final foi há mais de 20 anos, na já extinta Taça das Taças em 1993/1994. Conseguiu eliminar o Lillestrom, e depois o Aberdeen nos oitavos de final, caindo nos quartos de final contra o Arsenal, que viria a ganhar a competição. Atingir novamente os oitavos de final será bem mais difícil desta vez.