domingo, 13 de setembro de 2015

Liga Europa 2015/2016: Grupo L


O Athletic Bilbau qualificou-se para a fase de grupos da Liga Europa, depois de ultrapassar duas pré-eliminatórias.

Na primeira eliminou o Inter Baku com uma vitória por 2-0 em casa e um empate 0-0 no Azerbaijão. Na seguinte perdeu por 2-3 na Eslováquia contra o Zilina, num jogo em que esteve a ganhar por 2-0, mas depois conseguiu recuperar e vencer em casa por 1-0.

Não foi um arranque impressionante, mas na época passada o arranque foi impressionante (eliminando o Nápoles no playoff da Liga dos Campeões), e acabou em desilusão, eliminado pelo Torino nos dezasseis avos de final da Liga Europa depois de ficar em terceiro lugar no grupo da Liga dos Campeões. Esta época começou pior, mas pode ser que termine melhor (mais tarde).

O Athletic Bilbau pode ter atingido a final em 2012, mas ganhou apenas um dos últimos nove jogos disputados na Liga Europa. Da última vez que esteve na fase de grupos, em 2012/2013, foi eliminado.

Como já é habitual, o clube limita-se a jogadores bascos. Ainda assim conseguiu fazer uma contratação impressionante, Raúl García, por 8M€ ao Atlético Madrid.

Mesmo só com jogadores bascos, o Athletic Bilbau tem qualidade suficiente para ultrapassar a fase de grupos, e ir mais além que na época passada. Repetir a final de 2012 parece irrealista.


O AZ Alkmaar também disputou duas pré-eliminatórias para atingir a fase de grupos da Liga Europa.

Na primeira eliminou o Istanbul Basaksehir, com duas vitórias, primeiro por 2-0 em casa e depois por 2-1 na Turquia. Tudo se tornou mais fácil logo no primeiro jogo quando aos 14 minutos o guarda-redes Volkan Babacan foi expulso e o AZ Alkmaar marcou de penalty, ficando em vantagem e a jogar em superioridade numérica.

A eliminatória seguinte foi mais complicada, contra o Astra Giurgiu. Aos 13 minutos o AZ Alkmaar já vencia na Roménia por 2-0, mas ao intervalo já perdia por 2-3, que seria o resultado final. Na segunda mão o AZ Alkmaar recuperou e venceu por 2-0, mas só marcou os golos a dez minutos do fim.

Tal como o Athletic Bilbau, o AZ Alkmaar também ultrapassou a fase de grupos por duas vezes em três participações, só que ao contrário do Athletic Bilbau, a eliminação do AZ Alkmaar foi na mais antiga, na estreia em 2010/2011.

Nas duas participações seguintes atingiu sempre os quartos de final, conseguindo longas séries sem perder de 9 jogos (11 se contarmos com os dois últimos da época anterior) em 2011/2012 e 10 em 2013/2014.

Será este AZ Alkmaar suficientemente bom para regressar aos quartos de final, com (ou sem) outra longa série sem perder? Será pelo menos capaz de passar da fase de grupos?


O Augsburgo foi a única equipa do grupo a qualificar-se directamente para a fase de grupos, e vai estrear-se nas competições europeias.

O que esperar duma equipa estreante, com um treinador estreante? Nesse aspecto está em pé de igualdade com o AZ Alkmaar e o Partizan Belgrado, em que os treinadores também são estreantes, apenas Ernesto Valverde do Athletic Bilbau já a disputou anteriormente.

E em termos de experiência do plantel, até está em vantagem comparando com o AZ Alkmaar e o Partizan Belgrado: 71 jogos para o Augsburgo, 68 para o AZ Alkmaar e 51 para o Partizan Belgrado. O Athletic Bilbau tem 216.

Também foi a equipa do grupo que mais gastou e mais recebeu no mercado de transferências. Gastou 11,3M€ em quatro jogadores (Max do Karsruher por 3,8M€, Stafylidis do Bayer Leverkusen por 2,5M€, Trochowski do Sevilha, e Koo Ja-Cheol do Mainz por 5M€). E recebeu 20,1M€ por três jogadores (Baba para o Chelsea por 20M€, Hojbjerg para o Bayern Munique, e Djurdjic para o Malmo por 0,1M€).

Parece que o Augsburgo terá condições para competir contra todas as equipas do grupo.


O Partizan Belgrado também teve de ultrapassar duas pré-eliminatórias para atingir a fase de grupos da Liga Europa, tal como o Athletic Bilbau e o AZ Alkmaar. E se tivesse ultrapassado a seguinte, ter-se-ia qualificado para a Liga dos Campeões.

Na primeira pré-eliminatória eliminou o Dila, com uma vitória por 1-0 em casa e outra por 2-0 na Geórgia.

Na ronda seguinte o adversário foi o Steaua Bucareste, e após um prometedor empate 1-1 na Roménia, o Partizan Belgrado parecia ter arruinado tudo quando ao invervalo da segunda mão perdia em casa por 1-2, e precisava de marcar dois golos. Mas na segunda parte conseguiu marcar os golos que precisava. Fernando Varela foi logo expulso aos 47 minutos e em superioridade numérica, mesmo com um penalty falhado por Bojinov, o Partizan Belgrado conseguiu marcar três golos e vencer por 4-2.

O último adversário foi o BATE Borisov. O Partizan Belgrado perdeu por 0-1 na Bielorrússia (onde jogou em inferioridade numérica durante toda a segunda parte), e em casa sofreu um golo na primeira parte que lhe obrigava a marcar três golos para se qualificar. Só conseguiu marcar dois, e caiu para a Liga Europa.

O historial do Partizan Belgrado na Liga Europa não é animador. Em três participações anteriores, em 18 jogos venceu apenas um, empatou cinco e perdeu doze! Não ganhou nenhum dos últimos doze jogos disputados, a última (e única vitória) foi no último jogo de 2009, quando já estava eliminado.

Nos últimos dez anos esse foi mesmo o único jogo que venceu, dos 32 que disputou em fases de grupos de Liga dos Campeões/Liga Europa/Taça UEFA.

O que esperar duma equipa assim, conseguirá sequer ganhar um jogo?


Previsão:
1. Athletic Bilbau
2. Augsburgo
3. AZ Alkmaar
4. Partizan Belgrado


Liga Europa 2015/2016: Grupo K


O Schalke 04 é a equipa da Liga Europa com melhor ranking, até na Liga dos Campeões teria ranking suficiente para estar no pote 1 (pelo método antigo).

Conseguiu esse ranking com três épocas consecutivas a atingir os oitavos de final da Liga dos Campeões. Antes disso esteve na Liga Europa em 2011/2012 onde atingiu os quartos de final. E a melhor época é a mais antiga (que ainda conta para o ranking), em 2010/2011, quando atingiu as meias finais da Liga dos Campeões.

São cinco épocas consecutivas a atingir sempre no mínimo os oitavos de final, quatro delas na Liga dos Campeões. Será um escândalo se não conseguir ultrapassar a fase de grupos da Liga Europa.

Comparando com a época passada, o Schalke 04 tem um novo treinador, André Breitenreiter, e onze novos jogadores. Noutros clubes onze jogadores novos seriam aproximadamente "meia equipa", no Schalke 04 está mais próximo de um terço. O Schalke 04 consegue ter um plantel mais extenso por ter seis jogadores nascidos depois de 1994 provenientes da formação do clube (Marvin Friedrich, Ayhan, Sané, Goretzka, Meyer e Platte).

Os onze jogadores novos são Gspurning, Nubel (Paderborn por 0,2M€), Júnior Caiçara (Ludogorets por 6M€), Riether (Freiburg), Felipe Santana (Olympiakos), Dum, Geis (Mainz por 12M€), Hojbjerg (Bayern Munique por 1M€), Serkan Gocer, Gasilin (Zenit) e Di Santo (Werder Bremen por 6M€).

Saíram dez jogadores, além do treinador Roberto Di Matteo: Wellenreuther (Maiorca), Wetklo, Fuchs (Leicester), Kirchhoff (Bayern Munique), Itter (Grodig), Barnetta (Philadelphia Union), Boateng, Draxler (36M€ para o Wolfsburgo), Obasi e Farfán (7M€ para o Al Jazira).

Para já o Schalke 04 parece bom demais para ser eliminado neste grupo. Depois, em Janeiro poderá usar o dinheiro da venda tardia de Draxler para se reforçar e ficar pronto para defrontar os adversários mais fortes que se seguirão.


O APOEL teve uma época milagrosa na Liga dos Campeões em 2011/2012, mas desde então nunca mais conseguiu atingir aquele nível.

Na época passada regressou à Liga dos Campeões, mas foi a segunda pior equipa da competição, com apenas um empate e cinco derrotas, e apenas um golo marcado. Os adversários eram "difíceis", Barcelona, Paris Saint-Germain e Ajax. Mas nesta época, nas pré-eliminatórias, os adversários já não eram difíceis e o APOEL voltou a falhar.

Primeiro eliminou o Vardar, com um empate 0-0 em casa e outro empate 1-1 na Macedónia. Depois eliminou o Midtjylland, com uma vitória por 2-1 na Dinamarca e uma derrota por 0-1 em casa. Finalmente, perdeu no Cazaquistão por 0-1 contra o Astana e empatou 1-1 em casa, caindo para a fase de grupos da Liga Europa.

Se contra equipas como o Vardar, o Midtjylland e o Astana, em seis jogos venceu apenas um, empatou três e perdeu dois, contra equipas mais fortes, como serão os três adversários do grupo, que tipo de resultados conseguirá?

Da última vez que esteve na fase de grupos da Liga Europa, em 2013/2014, conseguiu uma vitória, dois empates e três derrotas. Desta vez não deverá ser muito diferente.


O Sparta Praga também começou nas pré-eliminatórias da Liga dos Campeões, mas uma ronda mais tarde que o APOEL, e caiu logo, mais cedo, para a Liga Europa.

Contra o CSKA Moscovo, nas pré-eliminatórias da Liga dos Campeões, conseguiu empatar 2-2 na Rússia, regressando à República Checa em vantagem. Depois, em casa, aos 16 minutos já vencia por 2-0, mas o CSKA Moscovo empatou o jogo e a eliminatória, e aos 64 minutos Matejovsky foi expulso, desequilibrando de vez a eliminatória a favor do CSKA Moscovo, que marcou o terceiro golo e enviou o Sparta Praga para o playoff da Liga Europa.

No playoff o Sparta Praga eliminou o FC Thun, com uma vitória por 3-1 em casa e um empate 3-3 fora.

Já na época passada o Sparta Praga teve um percurso semelhante, com uma eliminação na penúltima pré-eliminatória da Liga dos Campeões (contra o Malmo) e depois atingiu a fase de grupos da Liga Europa com uma vitória por 3-1 em casa e um empate fora (1-1, contra o Zwolle, e na época passada jogou primeiro fora).

Depois não conseguiu ultrapassar a fase de grupos, foi a "melhor" das equipas eliminadas, com 10 pontos. Noutros grupos houve equipas que avançaram com menos. O próprio Sparta Praga também avançou por duas vezes em participações anteriores com apenas nove pontos, em 2010/2011 e 2012/2013.

A pior época de sempre foi a estreia em 2009/2010, onde foi eliminado com apenas sete pontos. O pior do Sparta Praga foi melhor que aquilo que o APOEL e o Asteras conseguiram fazer nas suas participações anteriores (5 e 6 pontos respectivamente). Serão estes os adversários que o Sparta Praga terá de superar, não os de outros grupos, nem aquilo que fez em épocas anteriores. E parece ser capaz de fazê-lo.


O Asteras qualificou-se directamente para a fase de grupos da Liga Europa, que irá disputar pela segunda época consecutiva.

Foi a única equipa do grupo que manteve o treinador da época passada, Staikos Vergetis. Também é o único treinador do grupo com experiência na Liga Europa. Poderá isso ser uma vantagem para o Asteras?

Só mesmo no treinador é que o Asteras leva vantagem em experiência na Liga Europa, porque tem o plantel mais inexperiente do grupo, com apenas 61 jogos, atrás dos 76 do APOEL, 88 do Schalke 04 e 158 do Sparta Praga.

A época passada parecia inevitável que terminasse em terceiro lugar, por ser mais fraco que o Tottenham e o Besiktas, e porque a outra equipa do grupo era o Partizan Belgrado, que nos últimos 10 anos em fases de grupos venceu apenas um dos 32 jogos disputados. Esta época a sua posição final no grupo já não é tão evidente. Será mais fácil qualificar-se para os dezasseis avos de final, mas não será tão fácil fugir ao último lugar do grupo.


Previsão:
1. Schalke 04
2. Sparta Praga
3. Asteras
4. APOEL


Liga Europa 2015/2016: Grupo J


O Tottenham irá participar na Liga Europa pela quinta época consecutiva.

A estreia, em 2011/2012, foi a pior época, onde não conseguiu ultrapassar a fase de grupos, ficando em terceiro lugar atrás do PAOK e do Rubin Kazan. A época seguinte foi a melhor, ou pelo menos foi aquela em que foi mais longe, até aos quartos de final. Ficou em segundo lugar no grupo, atrás da Lazio e à frente do Panathinaikos e Maribor, e depois eliminou o Lyon e o Inter de Milão, sendo depois eliminado pelo Basileia nos penalties.

Em 2013/2014 o desempenho na fase de grupos foi perfeito (seis vitórias em seis jogos), e depois o Tottenham eliminou o Dnipro nos dezasseis avos de final, mas foi eliminado nos oitavos de final pelo Benfica. Foi a única época em que venceu o grupo, ganhou mais jogos, teve a melhor diferença de golos... mas foi eliminado mais cedo que na época anterior. E na última época foi eliminado ainda mais cedo, logo nos dezasseis avos de final, após ficar em segundo lugar no grupo, atrás do Besiktas. Foi eliminado pela Fiorentina.

Se continuar a ser eliminado cada vez mais cedo, desta vez nem passará da fase de grupos.

O Tottenham gastou 72M€ em contratações, mas também conseguiu 58,8M€ a vender. Foram contratados Trippier (4,9M€ ao Burnley), Wimmer (7M€ ao FC Colónia), Alderweireld (16M€ ao Atlético Madrid), Son Heung-Min (30M€ ao Bayer Leverkusen), Alli (MK Dons), Pritchard (Brentford), Carroll (Swansea) e Njié (14,1M€ ao Lyon). Saíram Kaboul (4,3M€ para o Swansea), Chiriches (7M€ para o Nápoles), Paulinho (14M€ para o Guangzhou Evergrande), Capoue (8,9M€ para o Watford), Stambouli (8,6M€ para o Paris Saint-Germain), Soldado (16M€ para o Villarreal) e Adebayor.

Teoricamente terá a melhor equipa do grupo e deverá vencê-lo, mas teoricamente teve sempre a melhor equipa do grupo nas quatro épocas anteriores e apenas por uma vez conseguiu vencê-lo.


O Anderlecht está de volta à fase de grupos da Liga Europa, após três épocas a disputar a fase de grupos da Liga dos Campeões.

O Anderlecht pode ser fraco a disputar a fase de grupos da Liga dos Campeões (eliminado nas últimas oito vezes, sempre em último lugar excepto na época passada), mas é, ou pelo menos era, forte a disputar a fase de grupos da Liga Europa: nas três vezes anteriores qualificou-se sempre para a fase seguinte, em duas delas venceu mesmo o grupo, da última vez vencendo os jogos todos.

Na época passada regressou à Liga Europa a partir dos dezasseis avos de final, por ter ficado em terceiro lugar no grupo da Liga dos Campeões. Foi logo eliminado pelo Dínamo Moscovo.

O Anderlecht trocou sete jogadores da época passada: saíram Rolando (FC Porto), Mbemba (12M€ para o Newcastle), Colin (1,5M€ para o Brentford), Vanden Borre, Cyriac (KV Oostende), Mitrovic (18,5M€ para o Newcastle) e Kabasele (De Graafschap). Entraram Boeckx (Antuérpia), Obradovic (Malines por 2,5M€), Gillet (Bastia), Mbodji (Genk por 4,5M€), Mahmoud Hassan (Al Ahly por 1M€), Ezekiel (Al Arabi por 0,5M€) e Okaka (Sampdoria por 3M€).

Esta poderá ser a pior época do Anderlecht na Liga Europa, onde pela primeira vez não atingirá os dezasseis avos de final. Mas na época passada já conseguiu surpreender ficando à frente do Galatasaray, talvez consiga surpreender novamente ficando num dos dois primeiros lugares do grupo.


O Mónaco irá estrear-se na Liga Europa. Participou pela última vez na antiga Taça UEFA em 2005/2006, e depois esteve ausente por quase uma década.

Também esteve ausente da Liga dos Campeões por quase uma década, a última participação tinha sido em 2004/2005, mas na época passada regressou em grande, vencendo um grupo com Bayer Leverkusen, Zenit e Benfica, e depois eliminando o Arsenal nos oitavos de final, sendo eliminado pela Juventus nos quartos de final.

E agora, também regressará em grande à Taça UEFA/Liga Europa?

Esta época começou nas pré-eliminatórias da Liga dos Campeões. Na primeira eliminou o Young Boys facilmente, com uma vitória por 3-1 na Suíça e outra por 4-0 em casa. Na seguinte, contra o Valência, perdeu em Espanha por 1-3, e venceu em casa por 2-1, mas não foi suficiente para regressar à fase de grupos da Liga dos Campeões, caindo assim para a fase de grupos da Liga Europa.

O Mónaco pode não ter sido capaz de regressar à Liga dos Campeões esta época, mas numa coisa já superou todas as equipas da Liga dos Campeões e da Liga Europa: conseguiu 145M€ a vender jogadores!

Da época passada saíram Stekelenburg (Fulham), Seydou Sy, Caillard (Clermont Foot), Kurzawa (25M€ para o Paris Saint-Germain), Abdennour (20M€ para o Valência), Kondogbia (30M€ para o Inter de Milão), Matheus (Fluminense), Alain Traoré (Lorient), Ferreira-Carrasco (20M€ para o Atlético Madrid), Berbatov (PAOK), Germain (Nice) e Martial (50M€ para o Manchester United).

Com tantas saídas, o Mónaco estará mais fraco que na época passada? Não necessariamente. As contratações foram boas. Mas será difícil comparar as duas épocas para decidir se está mais forte ou mais fraco, porque as competições são diferentes. Por exemplo, se atingir as meias finais, será melhor ou pior que atingir os quartos de final da Liga dos Campeões na época anterior?

Mesmo ultrapassar a fase de grupos não será fácil. O Tottenham e o Anderlecht têm melhores resultados que o Mónaco nos últimos cinco/dez anos, "perdendo" apenas na última época. E o Qarabag na época passada não foi o saco de pancada que se esperaria, lutando pela qualificação até ao último minuto.


O Qarabag irá jogar a fase de grupos da Liga Europa pela segunda época consecutiva.

Até agora repetiu o percurso que teve na época anterior. Começou nas pré-eliminatórias da Liga dos Campeões, onde eliminou o primeiro adversário, o Rudar Pljevlja, com um empate 0-0 em casa e uma vitória por 1-0 no Montenegro (na época anterior o primeiro adversário foi o Valletta).

Depois foi eliminado na ronda seguinte pelo Celtic, caindo para a Liga Europa. Perdeu 0-1 na Escócia e empatou 0-0 em casa. O Celtic também acabou na Liga Europa, caindo na ronda seguinte (na época anterior foi eliminado pelo FC Salzburgo, que também acabou na Liga Europa caindo na ronda seguinte).

Finalmente, no playoff da Liga Europa eliminou o Young Boys, com uma vitória por 1-0 na Suíça e outra por 3-0 em casa. Tudo se tornou mais fácil na segunda mão quando Von Bergen foi expulso logo aos quatro minutos, e o Qarabag marcou de penalty, aumentando a vantagem e ficando a jogar em superioridade numérica durante praticamente o jogo todo (na época anterior eliminou o Twente, mas com dois empates, 0-0 em casa e 1-1 fora).

E agora, na época passada conseguiu seis pontos na fase de grupos, lutando pela qualificação até ao último minuto. Conseguirá fazê-lo novamente?


Previsão:
1. Mónaco
2. Tottenham
3. Anderlecht
4. Qarabag


sábado, 12 de setembro de 2015

Liga Europa 2015/2016: Grupo I


O Basileia vai reencontrar o seu antigo treinador e um adversário que já defrontou esta época, e não será agradável.

Tinha de disputar duas pré-eliminatórias da Liga dos Campeões para chegar à fase de grupos, onde já deveria estar directamente. Se fosse na próxima época, o simples facto de ser campeão suíço já seria suficiente para se qualificar directamente, mas esta época ainda não.

O primeiro adversário foi o Lech Poznan, e o Basileia venceu por 3-1 na Polónia e por 1-0 em casa. O adversário seguinte era o Maccabi Telavive, que o Basileia já tinha eliminado por duas vezes em 2013/2014, primeiro nas pré-eliminatórias da Liga dos Campeões e depois nos dezasseis avos de final da Liga Europa.

Mas desta vez não foi tão simples, o Basileia sofreu um golo no último minuto da primeira mão em casa, o que fez com que fosse para Israel com uma desvantagem de 2-2 em vez de uma vantagem de 2-1. E na segunda mão até chegou a estar novamente em vantagem, mas o Maccabi Telavive marcou o golo do empate e o Basileia foi eliminado pelos golos marcados fora.

Agora vai reencontrar o Lech Poznan na fase de grupos da Liga Europa, e já aprendeu com o Maccabi Telavive que resultados passados não são garantia de resultados futuros.

O outro reencontro é com Paulo Sousa, que treinava o Basileia na época passada e agora treina a Fiorentina.

O novo treinador do Basileia é Urs Fischer, provavelmente o pior treinador do grupo. Além da eliminação para a Liga Europa, em duas participações anteriores, pelo FC Zurique e FC Thun, em doze jogos perdeu oito e nunca passou da fase de grupos.

Além de Paulo Sousa, também saíram Schar (4M€ para o Hoffenheim), Arlind Ajeti, Fabian Frei (3,6M€ para o Mainz), Derlis González (9,4M€ para o Dínamo Kiev), Hamoudi (Zamalek) e Streller. As contratações foram Lang (Grasshopper), Akanji (Winterthur), Hoegh (1,5M€ ao OB Odense), Bjarnason (2M€ ao Pescara), Kuzmanovic (2M€ ao Inter de Milão), Boetius (2M€ ao Feyenoord) e Janko (Sydney FC).

O Basileia continua a ter uma equipa capaz, mas dificilmente conseguirá alcançar o nível que teve nas épocas anteriores.


A Fiorentina foi a única equipa do grupo que se qualificou directamente.

Vincenzo Montella conseguiu grandes resultados nas últimas duas épocas, que serão difíceis de superar. Em 2013/2014 atingiu os oitavos de final, numa série de nove jogos sem perder que só foi interrompida na segunda mão contra a Juventus. E na época passada conseguiu chegar novamente aos oitavos de final, onde voltou a defrontar outra equipa italiana, a Roma, mas desta vez foi mais além, até às meias finais.

Paulo Sousa nunca conseguiu levar uma equipa às meias finais da Liga Europa (talvez o faça esta época), mas na época passada levou o Basileia aos oitavos de final da Liga dos Campeões. Na época anterior levou o Maccabi Telavive aos dezasseis avos de final da Liga Europa, e na época anterior levou o Videoton à fase de grupos da Liga Europa (onde derrotou o Sporting e o Basileia). Foram resultados impressionantes considerando as circunstâncias.

Quanto maior a equipa melhor o resultado. Agora que está numa equipa ainda maior (a Fiorentina é maior que o Basileia? O resultado deste grupo será uma resposta), até onde poderá ir? Até à final?

Além de trocar de treinador, a Fiorentina também trocou onze jogadores. Saíram Neto (Juventus), Richards (Manchester City), Savic (25M€ para a Fiorentina), Basanta (Monterrey), Pizarro (Santiago Wanderers), Lazzari (Carpi), Aquilani (Sporting), Vargas (Bétis), Gómez (Besiktas), Salah (Chelsea) e Joaquín (1,5M€ para o Bétis). Entraram Sepe (Nápoles), Gilberto (2M€ ao Botafogo), Astori (1,5M€ ao Cagliari), Roncaglia (Génova), Mario Suárez (15M€ ao Atlético Madrid), Vecino (Empoli), Blaszczykowski (1M€ ao Borussia Dortmund), Verdú (Baniyas), Diakhate, Kalinic (6M€ ao Dnipro) e Rebic (RB Leipzig).

Uma das características mais interessantes da Fiorentina na época passada era a facilidade com que alterava o sistema táctico de um jogo para o outro. Será que Paulo Sousa continuará a fazê-lo, ou será mais conservador e jogará sempre da mesma maneira?

A Fiorentina deverá vencer novamente o seu grupo, tal como nas duas épocas anteriores.


O Lech Poznan está de volta à fase de grupos da Liga Europa, depois de três épocas seguidas sempre a cair na terceira pré-eliminatória (em 2012 contra o AIK Estocolmo, em 2013 contra o Zalgiris e em 2014 contra o Stjarnan).

Desta vez voltou a cair na terceira pré-eliminatória, mas da Liga dos Campeões, contra o Basileia, tendo uma segunda oportunidade na Liga Europa. Antes disso já tinha eliminado o Sarajevo na ronda anterior, com duas vitórias, por 2-0 na Bósnia e por 1-0 em casa.

No playoff da Liga Europa eliminou o Videoton, com uma vitória por 3-0 em casa e outra por 1-0 na Hungria.

E agora, o que esperar do Lech Poznan? Que volte a qualificar-se para os dezasseis avos de final, tal como em 2010/2011, onde avançou num grupo com Manchester City, Juventus e FC Salzburgo? Ou que seja a equipa que depois disso foi eliminada por AIK Estocolmo, Zalgiris e Stjarnan?

O Lech Poznan não é o único com boas recordações da fase de grupos, o seu treinador Maciej Skorza também qualificou o Legia Varsóvia em 2011/2012 para os dezasseis avos de final, onde foi eliminado pelo Sporting de Ricardo Sá Pinto.

Da equipa do Lech Poznan de 2010/2011 sobram apenas os dois guarda-redes Buric e Kotorowski, e o defesa Kaminski. O Lech Poznan é o plantel mais inexperiente de todos as que estão na Liga Europa, com apenas 11 jogos.


O Belenenses vai estrear-se na fase de grupos da Liga Europa. A última vez que tinha participado nas competições europeias foi em 2007/2008, o adversário foi o Bayern Munique e o Belenenses foi logo eliminado com duas derrotas, por 0-1 na Alemanha e por 0-2 em casa.

Desta vez os adversários foram mais acessíveis. O primeiro foi o IFK Gotemburgo, e o Belenenses venceu por 2-1 em casa e empatou 0-0 na Suécia. O seguinte foi o Altach, e o Belenenses venceu por 1-0 na Áustria e empatou 0-0 em casa.

O seu treinador, Ricardo Sá Pinto, já esteve nas meias finais em 2011/2012, mas nunca ultrapassou uma fase de grupos. Entrou apenas a partir dos dezasseis avos de final, contra o Legia Varsóvia de Maciej Skorza, e ficou para a época seguinte mas saiu ao fim de dois jogos, não chegando a terminar a fase de grupos (empatou em casa com o Basileia e perdeu na Hungria com o Videoton).

O Belenenses não tem a capacidade do Sporting, o que poderá Ricardo Sá Pinto alcançar realisticamente? Conseguirá qualificar-se para os dezasseis avos de final?


Previsão:
1. Fiorentina
2. Basileia
3. Belenenses
4. Lech Poznan

Liga Europa 2015/2016: Grupo H


Nenhuma das equipas do grupo disputou as pré-eliminatórias da Liga Europa para chegar à fase de grupos: duas delas qualificaram-se directamente, e as outras duas caíram directamente do playoff da Liga dos Campeões.

O Sporting defrontou o CSKA Moscovo no playoff da Liga dos Campeões, e parecia que seria o vencedor quando após vencer a primeira mão em casa por 2-1, na Rússia ao intervalo também vencia por 1-0. Só que na segunda parte sofreu três golos e foi eliminado.

Irá disputar a fase de grupos da Liga Europa pela quinta vez nas últimas sete épocas, e embora seja uma das equipas mais fortes da competição, ultimamente tem tido maus resultados. Ganhou apenas um dos últimos nove jogos que disputou, em casa contra o Videoton, quando já estavam ambos eliminados.

A vitória anterior foi na primeira mão das meias finais em 2012, contra o Athletic Bilbau. Nas primeiras três edições da Liga Europa o Sporting teve resultados bem melhores que os mais recentes, sendo a melhor de todas essa época de 2011/2012 quando atingiu as meias finais.

Parece ter o treinador certo para voltar às fases mais adiantadas da prova. Jorge Jesus levou o Benfica a duas finais em 2013 e 2014, e antes disso às meias finais em 2011, e a época em que foi eliminado mais cedo foi em 2009/2010 onde mesmo assim atingiu os quartos de final.

Os jogadores à disposição de Jorge Jesus têm qualidade para não defraudar as expectativas. Comparando com a época anterior, além do treinador que substituiu Marco Silva, há oito novos jogadores: Jug (Bordéus), Naldo (2M€ à Udinese), João Pereira (Hannover 96), Ricardo Esgaio (Académica), Aquilani (Fiorentina), Bruno Paulista (3,5M€ ao Bahia), Ruiz (1M€ ao Fulham) e Teófilo Gutiérrez (3,4M€ ao River Plate).

Saíram Luís Ribeiro, Cédric (6,5M€ para o Southampton), André Geraldes (Belenenses), Sarr (2,5M€ para o Charlton), Miguel Lopes (Granada), Rabia (0,75M€ para o Al Ahly), Oriol Rosell, Gauld, Nani (Manchester United), Diego Capel (1,3M€ para o Génova), Sacko e Rubio (Valladolid).

Será um escândalo se o Sporting for eliminado na fase de grupos. Depois até onde poderá ir dependerá também dos adversários, sabendo que as equipas mais fortes da Europa estarão na Liga dos Campeões, e as restantes estarão ao alcance do Sporting.


O Besiktas irá jogar a fase de grupos da Liga Europa pela quarta vez nas últimas sete épocas. Nas três anteriores ultrapassou sempre a fase de grupos. Na primeira, em 2010/2011, ficou em segundo lugar atrás do futuro vencedor FC Porto e depois foi logo eliminado nos dezasseis avos de final pelo Dínamo Kiev.

Nas duas vezes seguintes venceu seu grupo e ultrapassou também os dezasseis avos de final, sendo eliminado nos oitavos de final (em 2012 pelo futuro vencedor Atlético Madrid, e na época passada pelo Club Brugge).

Tal como o Sporting, o Besiktas também trocou de treinador, mas está longe de ser uma troca prometedora. Senol Gunes não tem um passado impressionante na Liga Europa, sendo a única experiência anterior duas derrotas pelo Trabzonspor contra o PSV Eindhoven em 2012.

As contratações serão mais animadoras, se bem que também saíram jogadores importantes. Entraram Gunay Guvenç, Beck (1,75M€ ao Hoffenheim), Dusko Tosic (Gençlerbirligi), Rhodolfo (3,3M€ ao Grémio), Quaresma (1,2M€ ao FC Porto) e Gómez (Fiorentina).

Saíram, além do treinador Slaven Bilic, Cenk Gonen (0,6M€ para o Galatasaray), Atinç Nukan (5M€ para o RB Leipzig), Opare (FC Porto), Ramon Motta, Ugur Boral, Kavlak, Tolgay Arslan, Demba Ba (13M€ para o Shanghai Shenhua) e Furkan Yaman (Eyupspor).

Talvez o Besiktas esteja mais fraco que na época passada, mas ainda parece ser suficientemente forte para ultrapassar novamente a fase de grupos.


O Lokomotiv Moscovo qualificou-se directamente para a fase de grupos. Na época anterior teve de disputar os playoffs, e a Liga Europa terminou logo ali, eliminado pelo Apollon com uma derrota por 1-4 em casa, após um aparentemente bom empate 1-1 no Chipre.

Na única vez em que disputou a fase de grupos da Liga Europa, em 2011/2012, conseguiu qualificar-se para os dezasseis avos de final, em segundo lugar atrás do Anderlecht (perdeu os dois jogos contra o Anderlecht e ganhou os outros quatro ao AEK Atenas e Sturm Graz). Depois foi eliminado pelo Athletic Bilbau, que também eliminaria o Sporting mais tarde, nas meias finais.

O Lokomotiv Moscovo ainda tem seis jogadores dessa equipa no actual plantel: o guarda-redes Guilherme, os defesas Shishkin, Durica e Yanbaev, o médio Tarasov e o avançado Maicon.

Além destes jogadores, tem outros jogadores com experiência na Liga Europa por outras equipas, como Corluka, Pejcinovic, Denisov, Logashov, Mikhalik, Kasaev, Manuel Fernandes e Skuletic.

A experiência não será um problema, apesar de terem menos experiência que o Besiktas e o Sporting.

Conseguirá o Lokomotiv Moscovo lutar com o Sporting e o Besiktas pela qualificação? Se alguém os incomodar, certamente será o Lokomotiv Moscovo, e não o Skenderbeu.


O Skenderbeu é uma equipa pequena, que teve um percurso acessível e tornou-se na primeira equipa albanesa na fase de grupos da Liga Europa.

Eliminou o Crusaders, com uma vitória por 4-1 em casa e uma derrota por 2-3 na Irlanda do Norte. O próximo adversário era o Milsami, e o vencedor desta eliminatória garantiria pelo menos um lugar na fase de grupos da Liga Europa. Como foi possível, garantir um lugar na Liga Europa ao Skenderbeu ou ao Milsami?

O Milsami eliminou o Ludogorets na eliminatória anterior, e ficou temporariamente com o coeficiente e estatuto de cabeça-de-série do Ludogorets. Não lhe valeu de nada, porque não conseguiu eliminar o Skenderbeu na ronda seguinte, que assim garantiu a a fase de grupos da Liga Europa, eliminando "apenas" o Crusaders e o Milsami.

E ainda tinha a oportunidade de atingir a fase de grupos da Liga dos Campeões, se eliminasse o Dínamo Zagreb. Mas agora com um adversário forte (comparando com os dois anteriores) pela frente, o Skenderbeu foi eliminado com duas derrotas, por 1-2 em casa e por 1-4 na Croácia.

E agora, na Liga Europa, conseguirá o Skenderbeu não perder algum dos seis jogos? Talvez, mas se perder os jogos todos não será uma surpresa.


Previsão:
1. Sporting
2. Besiktas
3. Lokomotiv Moscovo
4. Skenderbeu


Liga Europa 2015/2016: Grupo G


O Dnipro irá jogar a Liga Europa pela quarta época consecutiva. A época passada foi a melhor de sempre, atingiu a final.

A época passada teve momentos inesquecíveis, como a derrota em Itália contra o Inter de Milão, num jogo em que o Dnipro falhou um penalty e jogou a segunda parte em superioridade numérica mas mesmo assim perdeu. O jogo seguinte, contra o Saint-Étienne (que reencontrará na fase de grupos desta época), que o Dnipro tinha de ganhar, contra um adversário que até então não tinha perdido, e esperar que o Qarabag não ganhasse ao Inter de Milão.

Depois ultrapassar finalmente a barreira dos dezasseis avos de final, que o Dnipro não era capaz de fazer desde os tempos da União Soviética. Nos oitavos de final, contra o Ajax, foi necessário ir para prolongamento na Holanda. Momentos inesquecíveis. Mas serão irrepetíveis?

Não, mas antes de pensar em atingir novamente a final, o Dnipro deve concentrar-se em ultrapassar a fase de grupos, de preferência com mais facilidade que na época anterior, onde foi para a última jornada a não depender apenas de si para se qualificar.

O plantel teve algumas alterações comparando com a época passada, entraram 10 jogadores e saíram 8, mas manteve o elemento mais importante, o treinador Myron Markevich.
Saíram Egídio (Palmeiras), Mazuch (Sparta Praga), Alexandru, Konoplyanka (Sevilha), Kravchenko (Volyn Lutsk), Politylo (Volyn Lutsk), Kankava (para o Reims por 1,5M€) e Kalinic (para a Fiorentina por 1,5M€).
Entraram Vartsaba (Naftovyk), Chygrynskyi (Shakhtar Donetsk), Gueye (Metalist Kharkiv), Tomecak (1M€ do Rijeka), Anderson Pico (1M€ do Flamengo), Svatok, Danilo Sousa (Metalurh Donetsk), Babatunde (Volyn Lutsk), Edmar (Metalist Kharkiv) e Ruiz (Lille).

O Dnipro não tem um plantel ostensivo, mas por exemplo Gueye e Edmar têm tudo para ser excelentes contratações, eles que já foram liderados por Myron Markevich no Metalist Kharkiv, nos tempos em que o Dnipro tinha um plantel mais ostensivo mas com piores resultados.



A Lazio irá jogar a Liga Europa pela quinta vez nas últimas sete épocas.

Começou no playoff da Liga dos Campeões, competição em que participou pela última vez em 2007. E terá de esperar pelo menos mais um ano para lá regressar, porque não conseguiu eliminar o Bayer Leverkusen. Até venceu o primeiro jogo, em casa por 1-0, mas perdeu na Alemanha por 0-3.

Nas quatro participações anteriores, apenas na primeira a Lazio não conseguiu ultrapassar a fase de grupos, na estreia em 2009/2010. Ficou atrás do FC Salzburgo e do Villarreal. Nas três participações seguintes, ficou duas vezes em segundo lugar, e venceu o grupo uma vez. Das duas vezes que ficou em segundo lugar foi eliminado logo a seguir nos dezasseis avos de final (pelo Atlético Madrid em 2012 e pelo Ludogorets em 2014), e quando venceu o grupo conseguiu ir até aos quartos de final, naquela que foi a melhor época de sempre, em 2012/2013.

A Lazio fez poucas contratações, apenas cinco jogadores: Hoedt (AZ Alkmaar), Morrison, Sergej (9M€ ao Genk), Kishna (4M€ ao Ajax) e Matri (AC Milão). Mesmo assim conseguiu ser a equipa do grupo que mais gastou em contratações. 13M€ é pouco comparando com o que outras equipas na Liga Europa gastaram, mas é mais que o que gastaram as outras três equipas do grupo juntas.

Saíram nove jogadores: Novaretti (León), Cavanda (1,75M€ para o Trabzonspor), Pereirinha (Atlético Paranaense), Ciani (Sporting), Braafheid, Cana, Ederson (Flamengo), Ledesma e Brayan Perea (Troyes).

Talvez a Lazio consiga não perder nenhum jogo no grupo, tal como nas duas vezes anteriores. No mínimo deve conseguir atingir os dezasseis avos de final, e depois, independentemente de lá chegar como primeiro ou segundo classificado do grupo, deve tentar ir mais além. Tem os exemplos do Dnipro e do Sevilha, que na época passada não venceram os respetivos grupos e depois foram os dois finalistas.


O Saint-Étienne teve de disputar duas pré-eliminatórias para chegar à fase de grupos, e apesar de não ter sido brilhante, foi melhor que nas duas épocas anteriores.

Primeiro eliminou o Tirgu Mures com uma vitória por 3-0 na Roménia e uma derrota por 1-2 em casa. Na eliminatória seguinte eliminou o Milsami com um empate 1-1 na Moldávia e uma vitória por 1-0 em casa.

Em 2013/2014 tinha eliminado o Milsami mais facilmente (3-0 em casa e 3-0 fora), mas depois foi eliminado pelo Esbjerg na ronda seguinte (duas derrotas, por 3-4 na Dinamarca e 0-1 em casa) e nem sequer atingiu a fase de grupos. E na época passada conseguiu atingir a fase de grupos, depois de eliminar o Karabukspor nos penalties, mas não conseguiu vencer nenhum jogo no grupo, empatou os cinco primeiros e perdeu o último, contra o Dnipro, adversário que irá reencontrar esta época.

Na época passada o Saint-Étienne marcou apenas dois golos, e para fazer melhor desta vez, não é surpresa que o ataque foi o sector que sofreu mais alterações. Saíram cinco avançados, e entraram outros cinco.

Saíram Gradel (10M€ para o Bournemouth), Van Wolfswinkel (Norwich), Mevlut Erdinç (3,3M€ para o Hannover 96), Saint-Maximin (5M€ para o Mónaco) e Mollo (Samara). Entraram Bahebeck (Paris Saint-Germain), Roux (Lille por 2M€), Maupay (Nice), Pinheiro e Beric (Rapid Viena por 5,5M€).

Nos restantes sectores as alterações foram menos importantes, entraram Polomat (Laval), Assou-Ekotto, Malcuit (0,5M€ do Niort), Pajot (Rennes) e Eysseric (Nice), e saíram Valette (Niort), Baysse (Nice) e Tabanou (4,9M€ para o Swansea).

O treinador também se manteve, Christophe Galtier, que não foi capaz de ganhar um único jogo na fase de grupos da época passada, mas terá uma segunda oportunidade para o fazer.

Em princípio o Saint-Étienne deverá marcar mais golos que na época passada, deverá até finalmente ganhar um jogo. Se será ou não suficiente para atingir os dezasseis avos de final, daqui a poucos meses saberemos.



O Rosenborg já foi em tempos uma das equipas mais importantes do futebol europeu (jogou a Liga dos Campeões por onze vezes entre 1995 e 2007), mas esses dias acabaram.

Agora começa a competir logo na primeira pré-eliminatória, ao lado de equipas desconhecidas, e para chegar à fase de grupos tem de eliminar quatro adversários.

Primeiro eliminou o Vikingur com uma vitória por 2-0 nas Ilhas Faroé e um empate 0-0 em casa. Depois eliminou o KR com uma vitória por 1-0 na Islândia e outra por 3-0 em casa.

O adversário seguinte já não era um desconhecido, o Debrecen. O Rosenborg teve mais dificuldades, mas venceu novamente os dois jogos, por 3-2 na Hungria e depois por 3-1 em casa.

Faltava apenas um adversário para chegar à fase de grupos, este sim à altura do Rosenborg, o Steaua Bucareste. O Rosenborg conseguiu uma sensacional vitória na Roménia por 3-0, e depois mesmo com a derrota por 0-1 em casa na segunda mão conseguiu qualificar-se.

E agora, do que será capaz daqui adiante? Nas duas participações anteriores na fase de grupos da Liga Europa, nunca conseguiu ir mais além, vencendo apenas três dos doze jogos disputados, e perdendo os outros nove. Vendo as coisas pela positiva, da primeira para a segunda participação, duplicou o número de pontos. Se voltar a fazer melhor que anteriormente, poderá qualificar-se para os dezasseis avos de final, onde não está desde a Taça UEFA em 2007/2008.


Previsão:
1. Dnipro
2. Lazio
3. Saint-Étienne
4. Rosenborg


sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Liga Europa 2015/2016: Grupo F


O Marselha pode ser o cabeça-de-série do grupo, mas já o era em 2012/2013 e mesmo assim não foi capaz de ir mais além. Na época seguinte esteve na Liga dos Campeões e fez ainda pior, perdeu os jogos todos. E na última época nem sequer se qualificou.

Para piorar a situação, tinha um treinador que seria uma grande vantagem, Marcelo Bielsa (levou o Athletic Bilbau à final em 2012) mas substituiu-o recentemente por Míchel, um treinador cujas anteriores experiências na Liga Europa foram negativas (em 2010/2011 no Getafe foi eliminado na fase de grupos, e em 2012/2013 no Olympiakos foi logo eliminado nos dezasseis avos de final pelo Levante).

Além do treinador, metade dos 24 jogadores do plantel são novos, muitos deles foram contratados nos últimos dias de Agosto, ainda estarão em processo de adaptação à nova equipa e ao novo treinador.

A única coisa que o Marselha parece ter feito bem durante os últimos tempos foi vender jogadores. Conseguiu 53,85M€ com as saídas de 12 jogadores.

Saíram Samba (Nancy), Fanni (Al Arabi), Morel (Lyon), Aloe (Valenciennes), Imbula (20M€ para o FC Porto), Bangoura, Thauvin (18,35M€ para o Newcastle), Tuiloma (Estrasburgo), Lemina (0,5M€ para a Juventus), Payet (15M€ para o West Ham), André Ayew (Swansea) e Gignac (Tigres UANL).

As contratações foram Pelé (Sochaux), Rekik (5M€ ao Manchester City), Javi Manquillo (Atlético Madrid), Rolando (FC Porto), De Ceglie (Juventus), N'Koudou (1,5M€ ao Nantes), Bouna Sarr (1,5M€ ao Metz), Lassana Diarra, Zambo (Reims), Cabella (Newcastle), Lucas Silva (Real Madrid) e Isla (Juventus).

O grupo não é complicado, o Marselha pode atingir a fase seguinte apesar das actuais fragilidades, e em Fevereiro poderá já estar pronto para enfrentar outro tipo de adversários.


O Braga tem muito em comum com o Marselha, a uma escala mais pequena. Tal como o Marselha, na última época nem sequer se qualificou. Tal como o Marselha, da última vez que esteve na Liga dos Campeões também ficou em último lugar do grupo.

Tal como o Marselha, contratou um treinador de qualidade duvidosa. Paulo Fonseca foi o treinador que em 2013/2014 no FC Porto foi eliminado na Liga dos Campeões. O único jogo que ganhou foi o primeiro, quando a equipa ainda não estava habituada a ele. Não ganhou nenhum dos cinco jogos seguintes, nem os dois que disputou nos dezasseis avos de final da Liga Europa contra o Eintracht Frankfurt, apesar de ter conseguido alcançar os oitavos de final com dois empates, 2-2 em casa e 3-3 fora.

E tal como o Marselha, aquilo que fez bem durante os últimos tempos foi vender jogadores. Conseguiu 28,17M€ com as vendas de 12 jogadores.

Saíram Sasso (0,12M€ para o Sheffield Wednesday), Santos (9,5M€ para o Valência), Tiago Gomes (Metz), Rúben Micael (2,6M€ para o Shijaizhuang Ever Bright), Danilo (0,25M€ para o Valência), Pedro Tiba (Valladolid), Éder (6,7M€ para o Swansea), Zé Luís (6,5M€ para o Spartak Moscovo), Dolly Menga (Tondela), Pardo (2,5M€ para o Olympiakos), Salvador Agra (Bétis) e Fábio Martins (Paços Ferreira).

As contratações foram Ricardo Ferreira (Olhanense), Arghus (0,2M€ ao Maribor), Joan Román (Barcelona), Filipe Augusto (Valência), Crislan (0,6M€ ao Penapolense), Rui Fonte (Benfica), Hassan (0,7M€ ao Rio Ave) e Wilson Eduardo (Sporting).

Tal como para o Marselha, o Braga também pode atingir a fase seguinte apesar das próprias fragilidades, porque o grupo não é complicado. Ao contrário do Marselha, o Braga conseguiu ultrapassar a fase de grupos na última (e até agora única) vez que a disputou, em 2011/2012.


O Slovan Liberec é a única equipa do grupo que teve de disputar as pré-eliminatórias para se qualificar.

Na primeira eliminou o Hapoel Kiryat Shmona, com uma vitória por 2-1 em casa e outra por 3-0 em Israel. Na seguinte eliminou o Hajduk Split com uma vitória por 1-0 em casa e outra por 1-0 na Croácia.

Foi a quarta época consecutiva em que disputou as pré-eliminatórias, desta vez com sucesso, tal como em 2013/2014, nas outras duas foi eliminado (em 2012 pelo Dnipro e em 2014 pelo Astra Giurgiu).

Tal como o Braga, também o Slovan Liberec conseguiu ultrapassar a fase de grupos na última (e até agora única) vez que a disputou. Ainda tem alguns jogadores dessa equipa.


O Groningen também se qualificou directamente para a fase de grupos, tal como o Marselha e o Braga.

Na época anterior teve de disputar as pré-eliminatórias e caiu logo na primeira, contra o Aberdeen. Se esta época tivesse de disputar as pré-eliminatórias, provavelmente não teria chegado até aqui. Chegou até aqui, mas não deverá ir mais além.

O grupo é fraco, mas o Slovan Liberec parece ser mais capaz de aproveitar as fraquezas de Marselha ou Braga do que o Groningen.


Previsão:
1. Marselha
2. Braga
3. Slovan Liberec
4. Groningen


Liga Europa 2015/2016: Grupo E


O Villarreal é a única equipa do grupo que não teve de disputar as pré-eliminatórias. Na época passada atingiu os oitavos de final, onde foi eliminado pelo futuro vencedor, o Sevilha.

Esta época substituiu 12 jogadores, e o ataque é totalmente novo. Os novos avançados, Soldado (Tottenham por 16M€), Léo Baptistão (Atlético Madrid), Bakambu (Bursaspor por 7,5M€) e Adrián López (FC Porto) são provavelmente melhores que os anteriores. Saíram Uche (3,5M€ para o Tigres UANL), Vietto (20M€ para o Atlético Madrid), Giovani (7M€ para o LA Galaxy), Naranjo (Huelva) e Gerard (1,5M€ para o Espanhol).

As restantes contratações foram Aréola (Paris Saint-Germain), Barbosa (Sevilha), Pablo Íñiguez (Girona), Bonera (AC Milão), Denis Suárez (Barcelona), Rodrigo Hernández, Samuel Castillejo (8M€ ao Málaga) e Samu (8M€ ao Málaga). As restantes saídas foram Juan Carlos (Albacete), Dorado (Rayo Vallecano), Puerto (Lugo), Moi Gómez (Getafe), Marcos (Lugo), Cheryshev (Real Madrid) e Campbell (Arsenal).

O Villarreal gastou 40,5M€ em contratações e recebeu 32M€ em vendas, ultrapassando já claramente os valores da época anterior, onde gastou apenas 13,7M€ e recebeu apenas 16,5M€.

Conseguirá também ultrapassar os resultados desportivos da época anterior?

O Villarreal ultrapassou sempre a fase de grupos da Liga Europa nas três participações anteriores, e deverá fazê-lo novamente. Depois até onde poderá ir dependerá dos adversários. Ganhar o grupo em princípio aumentará as hipóteses de ir mais longe, se bem que o Villarreal não ganhou o seu grupo na época passada e mesmo assim atingiu os oitavos de final, enquanto que o vencedor do grupo do Villarreal se ficou pelos dezasseis avos de final.


O Viktoria Plzen está de volta à Liga Europa, após uma época decepcionante onde foi eliminado prematuramente nas pré-eliminatórias pelo Petrolul.

Agora voltou a ser eliminado nas pré-eliminatórias, mas como começou na Liga dos Campeões, teve uma segunda oportunidade na Liga Europa. Na Liga dos Campeões conseguiu vencer em Israel o Maccabi Telavive por 2-1, em casa a 15 minutos do fim estava empatado 0-0, mas deitou tudo a perder sofrendo dois golos no fim do jogo.

No playoff da Liga Europa não facilitou, derrotando o Vojvodina com duas vitórias, primeiro em casa por 3-0 e depois na Sérvia por 2-0.

Agora o Viktoria Plzen tentará estar nos dezasseis avos da Liga Europa pela quarta vez em cinco épocas. Da única vez que esteve na fase de grupos da Liga Europa venceu o grupo, à frente do campeão Atlético Madrid. Nas outras duas presenças nos dezasseis avos de final da Liga Europa começou na fase de grupos da Liga dos Campeões, onde ficou em terceiro lugar.

O novo treinador Karel Krejci não foi responsável pela eliminação contra o Maccabi Telavive, entrou apenas a partir dos jogos contra o Vojvodina. Mas conseguirá fazer esquecer o lendário Pavel Vrba, responsável por quase todos os sucessos do clube nas últimas épocas?


O Rapid Viena irá disputar a fase de grupos da Liga Europa pela quinta vez em sete épocas.
Tal como o Viktoria Plzen, também começou nas pré-eliminatórias da Liga dos Campeões, mas o percurso foi completamente diferente. O Viktoria Plzen estava na zona mais fácil, e o Rapid Viena estava na zona mais difícil. O Viktoria Plzen venceu a primeira mão e depois desperdiçou a vantagem em casa, e o Rapid Viena começou mal em casa mas depois conseguiu recuperar.

O que o Rapid Viena fez merece ser explicado mais detalhadamente: ao intervalo da primeira mão, estava a perder em casa contra o Ajax por 0-2, mas na segunda parte conseguiu recuperar para 2-2, mesmo jogando em inferioridade numérica os últimos 30 minutos. Ainda assim foi em desvantagem para a Holanda, onde pagou ao Ajax na mesma moeda, e ao intervalo já vencia por 2-0, mas o Ajax também conseguiu empatar o jogo e a eliminatória. Mas dois minutos depois do empate, o Rapid Viena marcou novamente, o que obrigava o Ajax a marcar mais dois golos. Não marcou mais nenhum e o Rapid Viena avançou para a ronda seguinte.

Contra o Shakhtar Donetsk perdeu a primeira mão em casa, por 0-1, e na segunda mão quase conseguiu nova recuperação, estando durante breves momentos a vencer por 2-1 na Ucrânia, mas o resultado final de 2-2 enviou o Rapid Viena para a Liga Europa.

Nas quatro participações anteriores na Liga Europa nunca conseguiu passar da fase de grupos. Desta vez será diferente?

Desde o playoff contra o Shakhtar Donetsk, o Rapid Viena vendeu o avançado Beric para o Saint-Étienne por 5,5M€, e contratou para o substituir Jelic, do Zilina por 0,8M€. Jelic marcou já esta época nas pré-eliminatórias da Liga Europa 7 golos em 8 jogos, mas contra adversários mais fortes será difícil manter estes números.

O Rapid Viena sempre conseguiu resultados impressionantes em pré-eliminatórias (eliminou o Aston Villa duas vezes, e o PAOK), a impressionante recuperação contra o Ajax não é nada de novo. Novidade seria ver o Rapid Viena nos dezasseis avos de final da Liga Europa.


O Dínamo Minsk teve de ultrapassar três pré-eliminatórias, dois prolongamentos um desempate por penalties para regressar à fase de grupos da Liga Europa.

A primeira pré-eliminatória foi a mais simples, empatou 1-1 na Bulgária contra o Cherno More e depois venceu em casa por 4-0. Na eliminatória seguinte venceu o FC Zurique na Suíça por 1-0, mas em casa ao fim de 90 minutos perdia por 0-1, e só conseguiu qualificar-se no prolongamento, com um golo de Beciraj aos 118 minutos.

E porque eliminar outra equipa que também esteve na Liga Europa da época anterior pelos vistos não foi suficiente, o último adversário foi o FC Salzburgo, equipa que não só esteve na Liga Europa como também venceu o seu grupo!

O Dínamo Minsk venceu a primeira mão em casa, por 2-0, e na Áustria ao fim de 90 minutos perdia por 0-2, levando o jogo para prolongamento e depois para os penalties. O FC Salzburgo até marcou os seus dois primeiros penalties e o Dínamo Minsk falhou o segundo, mas depois Gutor defendeu os três penalties seguintes do FC Salzburgo, o Dínamo Minsk não voltou a falhar, e qualificou-se para a fase de grupos.

Na época anterior o Dínamo Minsk só venceu o último jogo, quando já era tarde demais e já estava eliminado. Desta vez conseguirá vencer novamente, e mais cedo, para disputar um dos dois primeiros lugares com as outras equipas do grupo?


Previsão:
1. Villarreal
2. Viktoria Plzen
3. Rapid Viena
4. Dínamo Minsk