segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Liga dos Campeões 2015/2016: Grupo D


O Grupo D é um grupo equilibrado, com o melhor dos três estreantes na Liga dos Campeões em 2015/2016, o bicampeão da Liga Europa, a equipa da Liga dos Campeões que mais gastou em contratações, e o finalista vencido da Liga dos Campeões na época passada.

A Juventus não tinha ranking suficiente para estar no pote 1 pelo método antigo, mas como foi um dos campeões dos oito países com melhor ranking ficou no pote 1.
Antes evitaria o Manchester City (estariam ambos no pote 2) e enfrentaria uma das oito equipas com melhor ranking (Real Madrid, Barcelona, Bayern Munique, Chelsea, Atlético Madrid, Benfica, FC Porto ou Arsenal).
Esta vantagem, de não defrontar uma das oito melhores equipas, e em vez de isso defrontar o Manchester City, não significa que a Juventus tenha uma tarefa fácil. Da última vez que a Juventus e o Manchester City estiveram no mesmo grupo, na Liga Europa de 2010/2011, o Manchester City avançou, e a Juventus não.

Mesmo ignorando os resultados da Liga Europa, na Liga dos Campeões a Juventus pode ter sido finalista na época passada, mas em duas das últimas quatro participações não conseguiu ultrapassar a fase de grupos.

O seu treinador, Massimiliano Allegri, nunca foi eliminado na fase de grupos. Na época passada levou a Juventus até à final, e nas quatro épocas anteriores levou sempre o AC Milão pelo menos aos oitavos de final.

A Juventus esteve muito activa no mercado de transferências, gastando mais de 100M€ em contratações, e recebendo 60M€ em vendas. Saíram jogadores importantes, como Pirlo, Vidal, Tévez, mas também Ogbonna e Llorente. A equipa não está necessariamente mais fraca porque os jogadores novos têm qualidade (Neto, Rugani, Alex Sandro, Khedira, Hernanes, Lemina, Mandzukic, Dybala, Zaza e Cuadrado).

Mas este grupo pode ser mais complicado que o do ano passado, onde a Juventus ficou atrás do Atlético Madrid, e próxima do Olympiakos, perdendo mesmo o confronto direto contra ambos.



O Manchester City também teria evitado a Juventus pelo método antigo, e em vez disso defrontaria Real Madrid, Barcelona, Bayern Munique, Atlético Madrid, Benfica ou FC Porto (não poderia defrontar Chelsea nem Arsenal por serem do mesmo país).
Ainda poderia ter defrontado o Barcelona, Bayern Munique ou Benfica por este novo método, visto que estas equipas permaneceram no pote 1. Só deixou de poder enfrentar o Real Madrid, o Atlético Madrid e o FC Porto.

Esta será a quinta participação consecutiva do Manchester City na Liga dos Campeões. Nas quatro anteriores, começou por não conseguir passar da fase de grupos nas duas primeiras (não ganhando mesmo nenhum jogo na segunda), mas nas duas seguintes, já com Manuel Pellegrini como treinador, conseguiu atingir os oitavos de final, a nova barreira, sendo eliminado em ambas as vezes pelo Barcelona.

Tal como Massimiliano Allegri, também Manuel Pellegrini nunca foi eliminado na fase de grupos da Liga dos Campeões, em seis participações (não consecutivas): Villarreal (2005/2006 e 2008/2009), Real Madrid (2009/2010), Málaga (2012/2013) e Manchester City nas últimas duas temporadas.

É curioso como ambos os clubes foram eliminados na fase de grupos em duas das últimas quatro participações, e são treinados por treinadores que nunca foram eliminados na fase de grupos.

O Manchester City gastou quase 200M€ em quatro jogadores: Otamendi (44,6M€), Delph (11,5M€), Sterling (62,5M€) e De Bruyne (74M€). Os outros grandes gastadores conseguem abater parte dos gastos com vendas, mas não o Manchester City, que só conseguiu 4M€ com as saídas de Boyata, Milner, Lampard e Dzeko.

Em 2011/2012 o Manchester City estreou-se na Liga dos Campeões num grupo com uma equipa alemã, uma espanhola e uma italiana (Bayern Munique, Villarreal e Nápoles), e não terminou bem para o Manchester City. Veremos se quatro anos depois, novamente contra uma equipa alemã, uma espanhola e uma italiana, desta vez o resultado final é melhor (quantitativamente e qualitativamente, porque essa época de estreia foi quantitativamente melhor que a última época, com 10 pontos contra 8, mas qualitativamente foi pior porque os 10 pontos não foram suficientes para atingir os oitavos de final e na época passada os 8 pontos foram).



Ao contrário da Juventus e do Manchester City, o Sevilha nunca foi eliminado na fase de grupos da Liga dos Campeões.

Só jogou a fase de grupos da Liga dos Campeões por duas vezes, em 2007/2008 e em 2009/2010, e os grupos eram bem mais fáceis que o actual (Arsenal, Slavia Praga e Steaua Bucareste em 2007/2008, e Unirea Urziceni, Glasgow Rangers e Estugarda em 2009/2010).
Em 2007/2008, na estreia, também tinha acabado de ser bicampeão da Taça UEFA, tal como agora é bicampeão da Liga Europa.

Já poderia ter jogado a Liga dos Campeões pela terceira vez em 2010/2011, mas foi eliminado na pré-eliminatória pelo Braga. Desde então tem estado ausente, e estaria novamente ausente se não fosse pela nova regra que dá um lugar na Liga dos Campeões ao vencedor da Liga Europa da época anterior.

Se a Juventus e o Manchester City são os clubes imperfeitos com os treinadores perfeitos (nesta fase), o Sevilha é o clube perfeito com o treinador imperfeito.
Unai Emery já participou três vezes na Liga dos Campeões, e em apenas uma delas conseguiu atingir os oitavos de final, em 2010/2011 pelo Valência. Nas duas épocas seguintes, primeiro pelo Valência e depois pelo Spartak Moscovo, não conseguiu fazê-lo.
Nas duas últimas épocas foi brilhante na Liga Europa (principalmente na segunda), mas conseguirá manter o nível na Liga Europa, ou será que daqui a poucos meses estará de volta à Liga Europa para defender novamente o título?

Nos dezasseis avos de final da Liga Europa na época passada o Sevilha eliminou o Borussia Monchengladbach, com duas vitórias. Conseguirá vencê-los novamente, agora na Liga dos Campeões?

E o Borussia Monchengladbach parece ser o menor dos seus problemas, os adversários mais difíceis à partida serão a Juventus e o Manchester City.

O Sevilha trocou onze jogadores da época passada: entraram Rami, Escudero, Mariano, Andreolli, N’Zonzi, Krohn-Dehli, Kakuta, Konoplyanka, Cristóforo, Immobile e Llorente, saíram Barbosa, Fernando Navarro, Arribas, Diogo Figueiras, Pareja, Vidal, Mbia, Deulofeu, Denis Suárez, Iago Aspas e Bacca.

O plantel tem apenas 118 jogos de experiência na Liga dos Campeões, distante dos 514 da Juventus e dos 634 do Manchester City (o Borussia Monchengladbach tem ainda menos, apenas 58).

Este grupo não será nada fácil para o Sevilha. Se conseguir alcançar os oitavos de final, não importa como, será sem dúvida a sua participação mais impressionante (mesmo que não seja a melhor quantitativamente).




O Borussia Monchengladbach vai estrear-se na Liga dos Campeões e corre um sério risco de perder os jogos todos.

Em 1976-1978 podem ter sido uma grande equipa na velha Taça dos Campeões Europeus, que atingiu os quartos de final (eliminando a Juventus nos oitavos de final), a final, e as meias finais em três épocas consecutivas, mas a participação mais recente, em 2012/2013, ficou-se logo pela pré-eliminatória, onde foi eliminado pelo Dínamo Kiev, continuando depois na Liga Europa.

Desta vez não tiveram de disputar a pré-eliminatória, qualificaram-se directamente para a fase de grupos. A pré-eliminatória teria sido um bom teste para aferir a qualidade do Borussia Monchengladbach.

Tudo indica que o Borussia Monchengladbach é a equipa mais fraca do grupo: o ranking, a inexperiência da equipa e do treinador Lucien Favre (que ao contrário dos outros, tal como o clube irá estrear-se na Liga dos Campeões), os preços dos jogadores contratados…

Podem incomodar as outras equipas, mas dificilmente não terminarão no último lugar do grupo.



Previsão:
1. Manchester City
2. Juventus
3. Sevilha
4. Borussia Monchengladbach


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