quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Liga dos Campeões 2015/2016: Grupo H


O Grupo H é modesto, o único da Liga dos Campeões sem nenhum antigo campeão europeu.

O Zenit pelo método antigo não estaria no pote 1, e em vez de defrontar o Valência defrontaria uma das oito equipas com melhor ranking (Real Madrid, Barcelona, Bayern Munique, Chelsea, Atlético Madrid, Benfica, FC Porto ou Arsenal).
Apesar disso tem um bom ranking, por ter atingido os quartos de final da Liga Europa na época anterior, e antes disso os oitavos de final da Liga dos Campeões (por duas vezes) e da Liga Europa (também por duas vezes) nas quatro épocas anteriores.
Conseguirá atingir novamente os oitavos de final pela sexta época consecutiva? E se sim, em que competição?

São a única equipa do grupo em que o treinador não é estreante na Liga dos Campeões. Também têm o plantel com mais experiência na Liga dos Campeões, 350 jogos, mais que a soma dos três adversários (91 para o Valência, 148 para o Lyon e 7 para o Gent).

O Zenit esteve pouco activo no mercado de transferências, contratando apenas o guarda-redes Mikhail Kerzhakov (ao Anzhi), o médio Yusupov (ao Dínamo Moscovo) e o avançado Dzyuba (ao Spartak Moscovo).
As saídas foram mais numerosas, saíram nove jogadores, ficando o Zenit aparentemente com um plantel demasiado curto. Quase todas as saídas não eram jogadores importantes, mas Rondón (para o West Bromwich por 17M€) será difícil de substituir. Talvez Dzyuba possa fazê-lo, mas seria preferível ter os dois.

Historicamente o Zenit sempre gastou muito mais do que aquilo que recebeu, desta vez (por enquanto) foi diferente. Será o início de uma nova era? O resultado será determinante para definir o futuro. Se a época correr mal, provavelmente terá de gastar mais no futuro para reforçar a equipa. Por outro lado, se correr bem, os jogadores sairão valorizados, podendo ser transferidos por valores elevados, o que poderá levar a novo saldo positivo, mesmo que o clube acabe por também gastar tanto quanto gastaria para reagir a uma má época.


O Valência foi a única equipa do grupo que teve de disputar as pré-eliminatórias.
O seu adversário foi o Mónaco, que atingiu os quartos de final na época anterior. Na primeira mão o Valência venceu em casa por 3-1, e na segunda mão aos quatro minutos já tinha conseguido marcar um golo fora, que obrigava o Mónaco a marcar pelo menos três golos (e não sofrer mais nenhum) para levar o jogo para prolongamento. O Valência acabou por perder o jogo por 1-2, mas foi o suficiente para se qualificar.

Esta será a décima participação do Valência na Liga dos Campeões, que foi finalista vencido nas duas primeiras, em 1999/2000 e 2000/2001, e desde então nunca mais conseguiu chegar tão longe.

Tem um historial positivo contra o Lyon, defrontaram-se na primeira fase de grupos em 2000/2001, e o Valência venceu os dois jogos, em casa por 1-0 e fora por 2-1.

A equipa não mudou muito comparando com a época anterior. O guarda-redes Ryan foi contratado (ao Club Brugge por 7M€) para substituir Diego Alves, os defesas Abdennour (ao Mónaco por 20M€) e Santos (ao Braga por 10M€) foram contratados para substituir Otamendi (vendido ao Manchester City por 44,6M€), e foram ainda contratados Danilo (ao Braga) e Santi Mina (ao Celta de Vigo por 10M€).

A eliminação do Mónaco foi um bom sinal. Por exemplo, o Zenit não foi capaz de fazê-lo na Liga dos Campeões da época anterior.


Após três épocas de ausência, o Lyon está de volta à Liga dos Campeões, onde esteve, durante doze épocas consecutivas, entre 2000/2001 e 2011/2012.

Nas últimas três épocas andou pela Liga Europa, onde atingiu os dezasseis avos de final em 2012/2013 (eliminado pelo Tottenham de André Villas-Boas, que agora treina o Zenit), os quartos de final em 2013/2014 (após começar nas pré-eliminatórias da Liga dos Campeões, onde foi eliminado pela Real Sociedad), e em 2014/2015 nem sequer conseguiu atingir a fase de grupos, sendo eliminado pelo Astra Giurgiu.

Que Lyon é este que regressa à Liga dos Campeões, a mesma equipa que ultrapassou a fase de grupos nas últimas nove vezes, ou a equipa que entretanto andou pela Liga Europa e na última época nem foi capaz de ultrapassar o Astra Giurgiu?

O Lyon contratou oito jogadores: Morel (ao Marselha), Rafael (ao Manchester United por 3M€), Yanga-Mbiwa (à Roma por 8M€), Valbuena (ao Dínamo Moscovo por 5M€), Darder (ao Málaga por 12M€), Tousard (ao Valenciennes por 2,5M€), Kemen (ao Newcastle por 0,7M€) e Beauvue (ao Guingamp por 5M€).
Saíram Dabo, Zeffane (Rennes por 1M€), Bahlouli (Mónaco por 3,5M€), Sidi Koné, Gourcuff, Fofana, Yattara (Standard Liège por 2,2M€), Njié (Tottenham por 14,1M€) e Benzia (Lille por 1M€).

Será que o vasto plantel do Lyon poderá fazer a diferença face por exemplo ao curto plantel do Zenit? Só jogam onze de cada vez, o onze ideal do Zenit porventura será mais forte, mas se faltarem três ou quatro jogadores (por lesões ou suspensões), o Zenit terá grandes dificuldades em formar um XI competitivo, e aí a vantagem poderá ser do Lyon.



O Gent qualificou-se diretamente para a Liga dos Campeões e vai estrear-se na competição.
Já tinha disputado as pré-eliminatórias em 2010/2011, mas aí foi eliminado pelo Dínamo Kiev e passou para a Liga Europa, onde foi eliminado na fase de grupos, num grupo com Sporting, Lille e Levski Sófia.

O que esperar duma equipa destas, sem historial, sem passar pelo controlo de qualidade das pré-eliminatórias, sem treinador nem jogadores relevantes? Provavelmente perderá os jogos todos.


Previsão:
1. Valência
2. Lyon
3. Zenit
4. Gent


 
 

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