quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Liga dos Campeões 2015/2016: Grupo G


O Grupo G é um grupo promissor, com uma equipa que não perdeu um único jogo na Liga dos Campeões da época anterior, outra que conseguiu ir ainda mais longe e ficar invencível durante mais tempo, outra que teve resultados memoráveis na Liga Europa da época anterior, e ainda a grande surpresa das pré-eliminatórias desta época.


O Chelsea irá jogar a Liga dos Campeões pela 13ª época consecutiva. Na época anterior não perdeu um único jogo. No entanto, esteve longe de ser um sucesso.

Após vencer o seu grupo, defrontou o Paris Saint-Germain nos oitavos de final, adversário que já tinha eliminado nos quartos de final da época anterior. Empatou 1-1 em França na primeira mão, e na segunda mão jogou em superioridade numérica desde os 31 minutos. Aos 81 minutos marcou um golo, mas cinco minutos depois permitiu que o Paris Saint-Germain empatasse e levasse o jogo para prolongamento. Para piorar as coisas, o marcador do golo do Paris Saint-Germain foi David Luiz, que o Chelsea lhes tinha vendido poucos meses antes.
No prolongamento, o Chelsea voltou a colocar-se em vantagem, num penalty marcado por Hazard. Mas depois voltou a permitir que o Paris Saint-Germain marcasse e desta vez ficasse em vantagem pelos golos marcados fora.

Apesar de não perder um único jogo, o Chelsea foi eliminado por um adversário que já tinha eliminado na época anterior, apesar de jogar 90 minutos em superioridade numérica, com a particularidade do golo do empate do Paris Saint-Germain ter sido marcado por David Luiz, e ainda de o Chelsea ter ficado insatisfeito com os avançados que tinha na época anterior, substituindo todos por outros, e o mais caro dos reforços, Diego Costa, não foi capaz de marcar um único golo em toda a competição!

Esta época o Chelsea esteve bem mais quieto no mercado de transferências, gastando apenas 67M€ em contratações, e recebendo 31,8M€. Os reforços são Begovic (12M€ ao Stoke City), Blackman, Baba (20M€ ao Augsburgo), Kenedy (8M€ ao Fluminense), Bertrand Traoré (do Vitesse), Pedro (27M€ ao Barcelona) e Falcao (do Mónaco).
Saíram Cech (14M€, para o Arsenal), Filipe Luís (16M€, para o Atlético Madrid), Aké (Watford), Cuadrado (1,8M€, para a Juventus), Drogba (Montreal Impact), Solanke e Brown (ambos para o Vitesse).

O Chelsea nunca defrontou o Dínamo Kiev nem o Maccabi Telavive na Liga dos Campeões, e contra o FC Porto tem um historial positivo. Em seis jogos venceu quatro, empatou um e perdeu um. Das duas vezes que estiveram no mesmo grupo avançaram ambos, o Chelsea em primeiro e o FC Porto em segundo. O outro confronto foi nos oitavos de final em 2007, onde o Chelsea eliminou o FC Porto e avançou para os quartos de final.

Em princípio o Chelsea deve qualificar-se sem problemas para os oitavos de final, provavelmente vencendo o grupo, possivelmente prolongando a série de invencibilidade por mais seis jogos. Mas da única vez em que o Chelsea defrontou uma equipa ucraniana na Liga doa Campeões, as coisas não acabaram bem para o Chelsea.



Pelo método antigo, o FC Porto não teria de defrontar o Chelsea na fase de grupos da Liga dos Campeões. Seriam ambas equipas do pote 1, e em vez de defrontar o FC Porto, o Chelsea defrontaria o Paris Saint-Germain, Valência, Juventus, Zenit, Bayer Leverkusen ou Shakhtar Donetsk. O FC Porto também defrontaria um desses seis adversários, ou ainda o Manchester City ou o Manchester United, que o Chelsea não poderia defrontar por serem do mesmo país.

Tal como o Chelsea, o FC Porto também não perdeu nenhum jogo na fase de grupos da época anterior, nem dos oitavos de final. Mas ao contrário do Chelsea o FC Porto atingiu os quartos de final. Aí venceu a primeira mão em casa contra o Bayern Munique, por 3-1, mas depois perdeu na Alemanha por 1-6. Agora enquanto o Chelsea poderá continuar a aumentar a sua série de jogos sem perder para 9 e adiante, a do FC Porto recomeça do zero.

O FC Porto foi a equipa da Liga dos Campeões que mais vendeu, foram mais de 100M€, com as saídas de Fabiano (Fenerbahçe), Ricardo Nunes (Vitória Setúbal), Danilo (31,5M€ para o Real Madrid), Reyes (Real Sociedad), David Bruno (Freamunde), Alex Sandro (26M€ para a Juventus), Casemiro (7,5M€ para o Real Madrid), Óliver Torres (Atlético Madrid), Quintero (0,5M€ para o Rennes), Jackson (35M€ para o Atlético Madrid), Quaresma (1,2M€ para o Besiktas), Ricardo Pereira (Nice) e Hernâni (1M€ para o Olympiakos).
Saíram 13 jogadores e entraram 12, ou seja, mais de metade da equipa é nova. Da equipa anterior ficaram Helton, Maicon, Marcano, Martins Indi, Herrera, Evandro, Rúben Neves, Tello, Aboubakar e Brahimi.
As contratações foram Casillas (Real Madrid), Maxi Pereira (Benfica), Cissokho (Aston Villa), Layún (Watford), André André (Vitória Guimarães por 1,5M€), Sérgio Oliveira (Paços Ferreira por 1M€), Imbula (Marselha por 20M€), Danilo (Marítimo por 4M€), Bueno (Rayo Vallecano), Varela (Parma), Osvaldo (Southampton) e Corona (Twente por 10,5M€). Um total de 37M€.

O FC Porto tem boas memórias de grupos com o Chelsea (das duas vezes em que estiveram no mesmo grupo avançaram ambos, com o Chelsea em primeiro e o FC Porto em segundo), e também de grupos com o Dínamo Kiev (das duas vezes em que estiveram no mesmo grupo o FC Porto foi segundo e o Dínamo Kiev terceiro).

Tudo indica que o FC Porto será segundo classificado neste grupo, considerando o ranking, o historial com o Chelsea e o Dínamo Kiev, e o historial global das equipas na competição. Mas a outra equipa deste grupo, o Maccabi Telavive, já provou esta época que a história nem sempre se repete.



O Dínamo Kiev irá jogar a Liga dos Campeões pela 15ª vez.
Era um participante habitual (entre 1997/1998 e 2009/2010 só falhou por uma vez, em 2005/2006), mas nas últimas cinco edições apenas participou por uma vez, em 2012/2013.
Também esteve nas pré-eliminatórias de 2010/2011 e 2011/2012 mas foi eliminado, e nas últimas duas épocas nem sequer esteve nas pré-eliminatórias.

Desta vez também não esteve nas pré-eliminatórias, qualificando-se diretamente para a fase de grupos, como campeão ucraniano. Se fosse uma época mais tarde, ter-se-ia não só qualificado diretamente como também estaria no pote 1, porque agora a Ucrânia é um dos oito países com melhor ranking, em vez da Holanda.

Seria uma equipa mais merecedora do pote 1 que o PSV Eindhoven (tem melhor ranking), se bem que nenhuma destas equipas deveria estar no pote 1, nem sequer no pote 2.

Nas últimas dez participações na Liga dos Campeões, o Dínamo Kiev foi sempre eliminado na fase de grupos. Em duas das últimas três teve o FC Porto como adversário (uma vitória em Portugal por 1-0 seguida de uma derrota em casa por 1-2 em 2008, e uma derrota em Portugal por 2-3 seguida de um empate 0-0 em casa em 2012).
Nunca defrontou o Chelsea nem o Maccabi Telavive na Liga dos Campeões, se bem que defrontou o Maccabi Telavive recentemente na fase de grupos da Liga Europa, em 2011/2012, e não conseguiu vencer nenhum jogo, empatando 1-1 em Israel e 3-3 em casa.

O Dínamo Kiev redimiu-se um pouco destes maus resultados na Liga dos Campeões e até mesmo na Liga Europa (nesta época de 2011/2012 em que defrontou o Maccabi Telavive na Liga Europa também não conseguiu ultrapassar a fase de grupos) com a participação na Liga Europa na época anterior, onde atingiu os quartos de final e teve alguns jogos memoráveis, como a recuperação contra o Guingamp nos dezasseis avos de final em casa após ter perdido a primeira mão em França, ou a recuperação nos oitavos de final contra o Everton após ter perdido a primeira mão em Inglaterra.

A maior parte da equipa mantém-se da época passada, sendo a contratação mais relevante Derlis González (9,4M€ ao Basileia), que na época passada marcou mesmo um golo ao FC Porto nos oitavos de final, e a saída mais relevante Lens (11,4M€ para o Sunderland).

O Dínamo Kiev não pode menosprezar o Maccabi Telavive. Em 2011/2012 foi a única equipa do grupo que perdeu pontos contra eles. Mesmo se não os tivesse perdido teria ficado exatamente no mesmo lugar, o terceiro, que foi tão estranho na altura (atrás de Besiktas e Stoke City), mas será natural agora.



O Maccabi Telavive foi a única equipa do grupo que teve de disputar as pré-eliminatórias para se qualificar.
Na primeira perdeu em Malta contra o Hibernians por 1-2, mas depois venceu em casa por 5-1. Na seguinte perdeu em casa contra o Viktoria Plzen por 1-2. Parecia um resultado irreversível, mas conseguiu vencer por 2-0 na República Checa.
O último adversário era o Basileia. Parecia ser o pior cenário possível para o Maccabi Telavive. Não só era o adversário mais forte que lhe poderia ter calhado, como em 2013/2014 já se tinham encontrado por duas vezes (primeiro nas pré-eliminatórias da Liga dos Campeões e depois nos dezasseis avos de final da Liga Europa) com o Basileia a prevalecer em ambas.
Só que desta vez a história foi diferente. O Maccabi Telavive esteve em vantagem na Suíça, depois o Basileia recuperou mas nos últimos instantes Zahavi marcou o seu segundo golo, colocando o Maccabi Telavive em vantagem para a segunda mão, em casa. Na segunda mão o Basileia marcou primeiro e recuperou a vantagem que tinha perdido nos últimos instantes do primeiro jogo, só que o Maccabi Telavive empatou pouco depois, novamente por Zahavi, e avançou para a fase de grupos pelos golos marcados fora.

Esta será apenas a segunda participação do Maccabi Telavive na Liga dos Campeões, a estreia foi em 2004/2005. O Maccabi Telavive conseguiu uma vitória contra o Ajax e um empate contra a Juventus, ambos em casa, perdendo os restantes jogos (a outra equipa do grupo era o Bayern Munique).
Conseguirá fazer melhor desta vez? Já conseguiu fazer melhor contra o Basileia nestas pré-eliminatórias. Em 2013/2014 também fez melhor na Liga Europa que na participação anterior, em 2011/2012, onde além de empatar os dois jogos conta o Dínamo Kiev perdeu todos os outros jogos. Talvez consiga voltar a fazer melhor comparando com a estreia em 2004/2005, se bem que parece uma tarefa muito difícil.

O Maccabi Telavive tem apenas três jogadores com experiência na Liga dos Campeões, Ben Haim I (2 jogos), Zahavi (6 jogos) e Vermouth (6 jogos) têm uma experiência total de 14 jogos, muito distante dos 218 do Dínamo Kiev, 399 do FC Porto ou 648 do Chelsea.

As dificuldades que tiveram nas pré-eliminatórias, comparadas com o que se segue, foram insignificantes.


Previsão:
1. Chelsea
2. FC Porto
3. Dínamo Kiev
4. Maccabi Telavive

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