terça-feira, 8 de setembro de 2015

Liga dos Campeões 2015/2016: Grupo E


O Grupo E é o único grupo “normal” na Liga dos Campeões. Ou seja, é o único grupo que apesar das trapalhadas com a constituição dos potes, continua a ter uma equipa de cada pote, quer pelo método novo quer pelo método antigo.

O Barcelona vive a melhor era da sua história. Nas 50 primeiras edições da Taça/Liga dos Campeões, apenas venceu por uma vez, em 1991/1992. Nas últimas 10 edições venceu por 4 vezes.

A última vitória, na época passada, foi a melhor das quatro. O Barcelona venceu 11 dos 13 jogos, incluindo 9 vitórias seguidas, igualando um record de vitórias consecutivas de 2002/2003 (onde acabou por não vencer, ao contrário desta época).

Conseguirá esta equipa tão fantástica defender o seu título, algo que não acontece na Taça/Liga dos Campeões Europeus desde 1989-1990 quando o AC Milão ganhou duas vezes seguidas?

Para já a equipa não foi reforçada, está proibida de contratar jogadores. Saíram jogadores como Xavi e Pedro. Mas a proibição termina em Janeiro, por isso supondo que o Barcelona se qualificará para os oitavos de final, já poderá contratar novos jogadores para os jogos daí adiante.

Para uma equipa que venceu quatro das últimas dez edições, e atingiu as meias finais em oito destas edições, e passou sempre a fase de grupos neste período, colocar-se a hipótese de não passar da fase de grupos esta época parece absurdo.

Senão vejamos o historial do Barcelona contra os adversários: contra o Bayer Leverkusen, em seis jogos, uma derrota (no primeiro jogo, em 2001) e cinco vitórias. Da última vez que se defrontaram, nos oitavos de final em 2011/2012, o resultado acumulado foi de 10-2!
Contra a Roma a história até é negativa, em 2001/2002, com um empate em casa e uma derrota fora (ainda assim o Barcelona ganhou o grupo e a Roma foi eliminada).
Finalmente, contra o BATE Borisov, duas vitórias em 2011/2012, por um resultado total de 9-0!

O Barcelona deverá ganhar o grupo, tal como aconteceu em nove das últimas dez temporadas (a excepção foi em 2006/2007 quando ficou em segundo lugar atrás do Chelsea).



Pela segunda época consecutiva, o Bayer Leverkusen teve de disputar uma pré-eliminatória para se qualificar.
Desta vez não foi tão fácil como na época passada, onde o Bayer Leverkusen ganhou os dois jogos ao FC Copenhaga, por um resultado acumulado de 7-2. Contra a Lazio, perdeu a primeira mão em Itália por 0-1, mas depois conseguiu recuperar em casa, vencendo por 3-0.

Esta será a décima participação do Bayer Leverkusen na Liga dos Campeões, a terceira consecutiva.
O clube tem o hábito de ultrapassar fases de grupos, na Liga dos Campeões ou na Liga Europa/Taça UEFA. A última vez que tal não aconteceu foi na Liga dos Campeões em 2000/2001.
Além do já referido historial contra o Barcelona, também defrontou a Roma em 2004/2005, vencendo em casa por 3-1 e empatando 1-1 em Itália.

Comparando com a época passada, a saída de Son Heung-Min para o Tottenham por 30M€ será difícil de colmatar. Ainda jogou a primeira mão do playoff contra a Lazio, mas na segunda, já sem ele, o Bayer Leverkusen conseguiu triunfar.
Também saíram mais jogadores importantes, como Castro (para o Borussia Dortmund por 11M€), Drmic (para o Borussia Monchengladbach por 10M€), ou ainda Spahic, Rolfes, Reinartz e Kruse.
A contratação mais relevante foi Javier Hernández, do Manchester United por 12M€. A época passada foi a segunda pior da história do clube em termos ofensivos, apenas marcou oito golos em oito jogos (felizmente defensivamente foi a melhor, sofrendo apenas cinco). Espera-se que Javier Hernández ajude o clube a marcar mais golos (e também Mehmedi, que já marcou à Lazio).
Além de Javier Hernández e Mehmedi (por 8M€ ao Freiburg), as outras contratações foram Tah (7,5M€ ao Hamburgo), Ramalho, Kramer, Ryu Seung-Woo e Kampl (11M€ ao Borussia Dortmund).

A equipa não tem muita experiência na Liga dos Campeões, apenas 210 jogos, muito longe dos 747 do Barcelona, longe dos 405 da Roma, e até o BATE Borisov está próximo com 205.

Na época anterior eram mesmo a equipa mais inexperiente do seu grupo, e não os impediu de atingir os oitavos de final.



A Roma qualificou-se diretamente para a Liga dos Campeões pela segunda época consecutiva, e desta vez conseguiu subir um pote sem sequer jogar, com as eliminações do Basileia contra o Maccabi Telavive, e na ronda anterior do Ajax contra o Rapid Viena.

A época passada começou muito bem (com uma vitória por 5-1 contra o CSKA Moscovo, a maior na história do clube) e acabou muito mal (perdendo em casa contra o Manchester City num jogo que só precisava de empatar 0-0, e depois na Liga Europa perdendo em casa contra a Fiorentina por 0-3 depois de ter empatado 1-1 fora).

Nesta época a equipa mudou ligeiramente, sem movimentar muito dinheiro. Szczesny chegou por empréstimo do Arsenal, Rudiger por empréstimo do Estugarda (4M€), Digne por empréstimo do Paris Saint-Germain (2,5M€), Vainqueur foi contratado ao Dínamo Moscovo por 3M€, Iago Falqué contatado ao Génova por 1M€, Salah por empréstimo do Chelsea (5M€), e Dzeko por empréstimo do Manchester City (4M€).
A Roma terá de pagar muito mais por estes jogadores se quiser mantê-los no final da época.
Saíram Skorupski, Curci, Holebas, Spolli, Yanga-Mbiwa, Astori, Ashley Cole, Paredes, Verde, Doumbia, Ljajic e Ibarbo, conseguindo a Roma 14,25M€ por estes jogadores, um pouco abaixo dos 19,5M€ que custaram as contratações.

Historicamente a Roma ultrapassa a fase de grupos da Liga dos Campeões, fê-lo em seis das oito participações anteriores, mas aqui as exceções talvez sejam mais relevantes.
A primeira excepção foi em 2004/2005, quando estava no grupo do Bayer Leverkusen, tal como agora.
A segunda excepção foi na época passada, a mais relevante para ver o valor “actual” da equipa (as restantes participações foram todas entre 2001 e 2011, e dessas equipas apenas De Rossi e Totti se mantêm no clube).

Há ainda outro facto desfavorável à Roma. O seu treinador Rudi Garcia nunca ultrapassou na fase de grupos da Liga dos Campeões: pela Roma na época passada, e antes disso pelo Lille em 2011/2012 e 2012/2013, onde até atrás do BATE Borisov ficou.



O BATE Borisov está a tornar-se um participante habitual da Liga dos Campeões. Esta será a quinta participação em oito épocas.
Como já é habitual, teve de disputar três pré-eliminatórias para se qualificar. Na primeira eliminou o Dundalk com uma vitória por 2-1 em casa e um empate 0-0 na Irlanda. Na segunda eliminou o Videoton com um empate 1-1 na Hungria e uma vitória por 1-0 em casa. Finalmente, na última eliminou o Partizan Belgrado com uma vitória por 1-0 em casa e uma derrota por 1-2 na Sérvia, num jogo em que marcou primeiro, o Partizan Belgrado empatou com um autogolo e só marcou o segundo golo já nos últimos instantes.

Os próximos três adversários serão bem mais difíceis que o Dundalk, Videoton e Partizan Belgrado.
Nas quatro participações anteriores, o BATE Borisov nunca perdeu os jogos todos, mas nas duas primeiras não conseguiu ganhar um único jogo (o melhor que conseguiu foram cinco empates). A primeira vitória foi em 2012 contra o Lille, treinado por Rudi Garcia, atual treinador da Roma. Seguiu-se nova vitória contra o Bayern Munique (que viria a ser campeão europeu nessa época), mas depois o BATE Borisov perdeu os cinco jogos seguintes, até vencer novamente, na época passada, o Athletic Bilbau por 2-1. Depois dessa vitória perdeu os quatro jogos seguintes, sofrendo 17 golos e não marcando um único.

Conseguirá o BATE Borisov vencer novamente um jogo? Conseguirá evitar o último lugar do grupo?


Previsão:
1. Barcelona
2. Bayer Leverkusen
3. Roma
4. BATE Borisov
 

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